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04/03/13

uma falsa democracia

qual democracia?
Erase una vez, un planeta en donde todos sus habitantes creían decidir su futuro, pero unos pocos decidían por ellos en la sombra. 
En ese planeta vivían en completa democracia, porque todos podían votar para escoger legítimamente a sus gobernantes; pero a la vez había gente muy rica que mandaba más que la gran mayoría pobre. Sin votar, únicamente por nacer en un sitio u otro con tal cantidad de dinero y propiedades. 
El dinero era el voto de verdad, siendo la papeleta cada cuatro años una mera ilusión. 
 La realidad está en este planeta totalmente distorsionada, creyendo la gente que vive en la época humana de mayor progreso y paz, yendo todo siempre hacia delante en cuanto a bienestar y felicidad. 
Desconocen que realmente habitan el periodo histórico con más conflictos bélicos, muertos por miseria, hambre, esclavos y desigualdad de todos los tiempos. 
Las cavernas mediáticas de esos ricos felices se encargan de ello, creando arcoiris en cómodos plazos para los pobres donde deberían ver fango hipotecario y lodo. La enorme mayoría pobre de ese planeta está y estará cada vez más desposeida, hambrienta y miserable; pero lo que importa es que la minoría rica es y será siempre muy feliz, comiendo muchísimas sabrosas perdices. Fin :)

- fonte: https://www.facebook.com/capitalismoutopico

02/03/13

porque tudo É política !

Bertolt Brecht

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político. 
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. 
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguer, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. 
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
(Bertolt Brecht)
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José Saramago, democracia amputada
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20/04/12


"Y la democracia, ese milenario invento de unos atenienses ingenuos para quienes significaba, en las circunstancias sociales y políticas concretas del momento, y según la expresión consagrada, un Gobierno del pueblo, por el pueblo y para el pueblo."

"Yo no soy filósofo ni científico. No creo que haya un principio del mal ni del bien. Lo único que sé es que todo está dentro de nuestro cerebro."
-- José Saramago.

saudades de um Homem lúcido ..

"A democracia em que vivemos é uma democracia sequestrada, condicionada, amputada..."
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«a democracia está aí como se fosse uma santa de altar de quem já não se esperam milagres» - José Saramago

31/10/11

was ist eigentlich 'Demokratie'?

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A nova ordem chegou em força à Europa
Por António Ribeiro Ferreira, publicado em 28 Out 2011

Grécia vai ser governada pelo directório alemão. Os outros países vão já a seguir

-- o artigo está aqui ; transcrevo parte do último parágrafo:
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« ...  Pobres almas sonhadoras. A bem ou mal, neste caso será a mal, vão finalmente perceber que o que tem de ser tem muita força e essas histórias de soberanias e democracias já conheceram melhores dias. Agora o que vale é a nova ordem imposta por Berlim. E a alternativa para quem não cumprir as ordens é a nomeação de uma comissão permanente que virá rapidamente e em força pôr na ordem quem não tem dinheiro para vícios democráticos.»
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"Vícios democráticos"  - ora aqui está o que se me afigura imensamente contestável, para além de uma contradição!

presupostos (meus, claro..) :
é o q temos, e NÃO É democracia!
1. O nosso sistema político é uma "democracia amputada" (JS), uma "falsa democracia" (SC), uma "tirania da maioria" .
2. O sistema político português tem vícios, sim, e muitos, mas não são democráticos! Antes produtos de ganância, corrupção, compadrios, desonestidade. Um vício é, por definição, uma coisa negativa; não pode / não deve aplicar-se a campos consignados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, como os que parece sugerir o autor do artigo!
E é precisamente essa a confusão instalada: é que não são os gregos, não são os portugueses comuns - que têm os ditos 'vícios'
Não foi o povo grego, como não foi o povo português, que contraiu as dívidas que (n)os levaram à banca rota, que tomou medidas de protecção do capital ou de enriquecimento das elites políticas e financeiras à custa do erário público e além!
Não são os gregos, os portugueses 'em si', que continuam a esbanjar, a manter programas e apoios e cargos e empresas de seriedade/necessidade mais-que-duvidosa!
  • O despesismo, a falácia, a trafulhice das 'Novas Oportunidades', foi objecto de investigação, de ruptura? Não foi.
  • Os milhares de carros para serviço de políticos foram vendidos, os 'n' consultores de imagem e demais assessores dispensados? Não foram, nem uns, nem outros. 
  • Extintos os 'jobs for the boys'? Qual quê! 
  • Ajustadas contas aos magalhães, à Parque Escolar? Oh, por quem sois!!
  • Presos os reconhecidos responsáveis pelo descalabro do BPN, mais os gestores de más políticas, confiscados os seus bens? Nunca, jamais, em tempo algum!
  • Julgados e condenados os maus ministros, os 1ºs. e os outros? - alô MLR! - Todos mas é muiiito bem instalados na vida, promovidos por incompetência e péssimos serviços à nação!

Ora então ... ? Democracia, isto? Soberania destas para quê, para quem?

Fossem a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu mais o FMI, fosse a Angela Merkl, 'pessoa de bem' (hélas, não me parece que o sejam, nenhum deles!).. Viessem eles puxar as orelhas a este governo .. Impusessem eles moralidade ou, pelo menos, a equidade nos cortes, nas medidas de austeridade .. Derretessem eles, definitivamente, a gordura-verdadeiramente-gorda do estado, aquela que a gula e o apetite insaciável dos zzznossosarghhh governantes e públicos gestores indevidamente acumula(ra)m ..
    ..  e eu acolhia de braços abertos quantas comissões viessem! 

    • É que eu não sou da mesma laia dos senhores Passos Coelho, José Sócrates, Cavaco Silva, Durão Barroso! 
    • Eu não quero ser confundida com eles!!
      boneco do Kaos
    • Eu sou portuguesa. Eles bem podem ser apátridas nos seus globais desígnios, no seu interesse-sem-fronteiras. 
    • Eles não são democratas! 
    • Eles pedem-me sacrifícios, mas não os fazem! 
    • Eles enriqueceram e enriquecem, eu empobreço de ano para ano!
    • Eles vivem em Paris à custa do dinheiro que me roubaram, da minha carreira congelada!
    • Eles entretêm-se em visitas ao ami Sarkozy, à Freundin Merkl, ao mano Durão! 
    • Eles levam séquitos desmesurados e congratulam-se com a felicidade das vacas! 
    • Eles protegem-se entre si, Opus Deis e Maçonarias e Bilderbergers e con-partidários e etc
    • Eles estão-se borrifando para o povo
    • Eles triplicam os cortes na educação impostos pela troika!
    • Eles são o Robin Hood ao contrário!  
    • Eles não querem o meu bem, querem o meu sangue!

    *

    retirado daqui : da democracia que temos e da que era suposto termos!
    ´Unfortunately, a vast majority of countries that call themselves Representative Democracies are not true democracies according to the above definition. Most of them are actually just Elected Dictatorships. People can vote usually only once every four or five years. They do not vote on any issues. They just elect their so called representatives who then until the next elections have no obligations by law and little incentives to base their decisions on individual issues on the wishes on their electorate. They hardly ever bother to consult them on their stands on various issues. Therefore, legislative bodies composed of such "representatives" act in a very dictatorial manner between the elections. The only country that is quite close to the definition of Democracy is Switzerland (more or less since 1291). 
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    nota final:

    Sei alguma coisa da Alemanha, do seu sistema político, social. Já lá estive, conheço portugueses que já lá viveram, que lá vivem agora. Tenho amigos alemães. De tudo o que sei, vi e vejo, ouvi e oiço, a Alemanha parece-me ser um estado muito mais 'protector' do que o nosso, no que respeita, por exemplo, à saúde e à educação. Uma colega de faculdade que por lá tinha um namorado alemão arranjou emprego .. e os dentes! - de graça!!, num tempo em que nós ainda não fazíamos parte da União Europeia! Sei de quem lá esteja desempregado - emigrante português recebendo subsídio de desemprego e apoio para desintoxicação. E ainda agora passaram aqui duas semanas de férias (férias-férias!) dois amigos alemães, casal de professores.

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    A sra. Merkl que me dê semelhante protecção, e ficarei satisfeita, certamente muitíssimo - mas infinitamente mais - do que estou agora! 

    Não sou nacionalista, e quanto a soberanias, prefiro as consignadas pela revolução francesa: liberté, égalité, fraternité!
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    23/10/11

    O desenvolvimento do subdesenvolvimento

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    Que democracia é esta que transforma um ato de rendição numa afirmação dramática de coragem em nome do bem comum?
    Boaventura Sousa Santos

    in Visão, 20 de Out de 2011


    Está em curso o processo de subdesenvolvimento do País. As medidas que o anunciam, longe de serem transitórias, são estruturantes e os seus efeitos vão sentir-se por décadas. As crises criam oportunidades para redistribuir riqueza. Consoante as forças políticas que as controlam, a redistribuição irá num sentido ou noutro. Imaginemos que a redução de 15% do rendimento aplicada aos funcionários públicos, por via do corte dos subsídios de Natal e de férias, era aplicada às grandes fortunas, a Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos, Belmiro de Azevedo, famílias Mello, etc. Recolher-se-ia muito mais dinheiro e afetar-se-ia imensamente menos o bem-estar dos portugueses. À partida, a invocação de uma emergência nacional aponta para sacrifícios extraordinários que devem ser impostos aos que estão em melhores condições de os suportar. Por isso se convocam os jovens para a guerra, e não os velhos. Não estariam os superricos em melhores condições de responder à emergência nacional?

    Esta é uma das perplexidades que leva os indignados a manifestarem-se nas ruas. Mas há muito mais. Perguntam-se muitos cidadãos: as medidas de austeridade vão dar resultado e permitir ver luz ao fundo do túnel daqui a dois anos? Suspeitam que não porque, para além de irem conhecendo a tragédia grega, vão sabendo que as receitas do FMI, agora adotadas pela UE, não deram resultado em nenhum país em que foram aplicadas - do México à Tanzânia, da Indonésia à Argentina, do Brasil ao Equador - e terminaram sempre em desobediência e desastre social e económico. Quanto mais cedo a desobediência, menor o desastre.

    Em todos esses países foi sempre usado o argumento do desvio das contas superior ao previsto para justificar cortes mais drásticos. Como é possível que as forças políticas não saibam isto e não se perguntem por que é que o FMI, apesar de ter sido criado para regular as contas dos países subdesenvolvidos, tenha sido expulso de quase todos eles e os seus créditos se confinem hoje à Europa. Porquê a cegueira do FMI e por que é que a UE a segue cegamente? O FMI é um clube de credores dominado por meia dúzia de instituições financeiras, à frente das quais a Goldman Sachs, que pretendem manter os países endividados a fim de poderem extorquir deles as suas riquezas e de fazê-lo nas melhores condições, sob a forma de pagamento de juros extorsionários e das privatizações das empresas públicas vendidas sob pressão a preços de saldo, empresas que acabam por cair nas mãos das multinacionais que atuam à sua sombra.

    Assim, a privatização da água pode cair nas mãos de uma subsidiária da Bechtel (tal como aconteceu em Cochabamba, após a intervenção do FMI na Bolívia), e destinos semelhantes terão a privatização da TAP, dos Correios ou da RTP. O back-office do FMI são os representantes de multinacionais que, quais abutres, esperam que as presas lhes caiam nas mãos. Como há que tirar lições mesmo do mais lúgubre evento, os europeus do Sul suspeitam hoje, por dura experiência, quanta pilhagem não terão sofrido os países ditos do Terceiro Mundo sob a cruel fachada da ajuda ao desenvolvimento.

    Mas a maior perplexidade dos cidadãos indignados reside na pergunta: que democracia é esta que transforma um ato de rendição numa afirmação dramática de coragem em nome do bem comum? É uma democracia pós-institucional, quer porque quem controla as instituições as subverte (instituições criadas para obedecer aos cidadãos passam a obedecer a banqueiros e mercados) quer porque os cidadãos vão reconhecendo, à medida que passam da resignação e do choque à indignação e à revolta, que esta forma de democracia partidocrática está esgotada e deve ser substituída por uma outra mais deliberativa e participativa, com partidos mas pós-partidária, que blinde o Estado contra os mercados, e os cidadãos contra o autoritarismo estatal e não estatal. Está aberto um novo processo constituinte. A reivindicação de uma nova Assembleia Constituinte, com forte participação popular, não deverá tardar.

    21/10/11

    «Eles serão fortes enquanto formos fracos ... »

    o título deste post é parte de uma frase de um artigo de Santana Castilho, "«Eles serão fortes enquanto formos fracos e a indignação for só dalguns" - aqui
    .
    vejamos as notícias, todas do económico.sapo :
    .
    Eurostat (act.)
    'Buraco' da Madeira faz derrapar défice para os 9,8% - ver
    • pergunta: .. e o responsável não está preso porquê? - ñ 'tapava o buraco', mas teria um efeito dissuasor/moralizador -- ou não?
    Crise
    Empresários admitem reter subsídios no sector privado - ver
    • pergunta: .. começando pelo seu próprio, para darem o exemplo, moralizarem os seus empregados? 
    Estado
    Parlamento aprova por unanimidade Orçamento da AR para 2012 - ver notícia
    • pergunta: os deputados passam a ser equiparados a funcionários públicos, com ordenados iguais a, digamos, os professores?  Vão seguir os bons exemplos dos seus congéneres suecos? Passam a usar os transportes públicos ou o seu próprio carro, pagando a gasolina do seu bolso, como qq outro português que trabalha para o estado? -- seria o mínimo, não?

    Pois .. NÃO. Ora vejam a 'poupança' que por lá vai:

    Segundo adiantou na quinta-feira o presidente do conselho de administração da Assembleia da República, Couto dos Santos, "o orçamento de funcionamento da Assembleia são 60 milhões de euros aproximadamente, os organismos autónomos 10 milhões e meio e as subvenções aos partidos políticos e grupos parlamentares são 24 milhões".

    Ora acontece que, e já nem falo do resto ...
    • em Portugal, apenas menos de 4% dos cidadãos têm filiação partidária. (*)
      • acontece que eu, que já estou a pagar uma dívida que não contraí [que, a bem dizer, a venho pagando muito antes de ela ser conhecida: com a minha carreira sucessivamente congelada e os meus aumentos anuais de zero por cento ou pouco mais !!!] , que não sou nem nunca fui filiada em nenhum partido, não tenho NADA que sustentar os senhores dos partidos políticos, NENHUM DELES! - nem os da dita esquerda que se encolhem e muito menos os outros que há anos me vêm dando cabo da vida, e que, irresponsável e displicentemente, continuam no 'bem-bom' à minha custa! 

      Assim, sobre a subvenção aos partidos e grupos parlamentares,
        EU QUERO UM  REFERENDO ! 

        E QUERO-O JÁ!
        quem me apoia?


        (*) «Isto não é uma democracia! É uma falsa democracia! Nós não elegemos um primeiro ministro, votamos num partido, e em Portugal são menos de 4% as pessoas filiadas em partidos. Eu não gosto desta democracia!» - Santana Castilho, aqui 
        "A democracia em que vivemos é uma democracia sequestrada, condicionada, amputada!» - José Saramago, aqui