les uns ... et les autres: testemunho de uma ex-aluna minha (chumbos e Suíça)
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07 Fevereiro 2009
aos nossos alunos (pelo "apoio incondicional a todos os professores que hoje se foram manifestar!")
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08 Fevereiro 2009
há sempre alguém.. -- do "ser aluno"
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08 Fevereiro 2009
SER PROFESSOR
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01 Abril 2009
a democracia segundo José Sócrates e MLR
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03 Abril 2009
Avaliação de professores: a cortina de fumo - por António Barreto
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16 Abril 2009
viva a E-24 ! (escola-24-horas) - por Joaquim Azevedo
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18 Maio 2009
as faltas dos professores: surrealismos
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19 Junho 2009
o 'homem novo': avaliado-formatado-domesticado - por José Gil
A relação afectiva entre professor e aluno foi substituída pelo desprezo deste para com o primeiro,
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03 Julho 2009
abusos de autoridade: a opinião de P. Abrunhosa (…)
hostilização aos professores / descredibilização da escola pública
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04 Outubro 2009
testemunhos
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«E o que é que te faz gostar assim tanto dessa escola, Rita?, pergunto-lhe. «Ah, tudo: é uma escola pequena onde todos se conhecem, as pessoas falam umas com as outras, não há gritarias nem lutas. Temos aulas de 50 minutos (com toque de entrada e outro de tolerância), depois de cada aula um intervalo de 10 minutos. Assim não satura, ninguém adormece, dá-se mais atenção. Às vezes estamos todos entusiasmados com um trabalho, de repente toca, nem tínhamos dado conta de o tempo passar. Vamos para o intervalo, dá para descansar, depois voltamos, recomeçamos com mais vontade. Ah! e não há substituições! Um professor falta e nós vamos à nossa vida .»»
violência juvenil em meio escolar
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05 Novembro 2009
uma espécie de manifesto
Aproveitando a conjuntura política, sobretudo o facto de o partido do governo não deter agora a maioria absoluta e um período que se espera de negociação séria (...) seria bom que todos nós, professores, clarificássemos as nossas aspirações/ exigências / insatisfações..
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29 Novembro 2009
do ser professor
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2009/11/do-ser-professor.html
11 Janeiro 2010
escola pública: os pontos nos ii --sobre uma frase da Lídia Jorge
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/01/escola-publica-os-pontos-nos-ii.html
05 Maio 2010
O fim de um estatuto...(ECD)
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/05/o-fim-de-um-estatuto.html
08 Maio 2010
o eduquês e o 'novo' Estatuto do Aluno
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/05/o-novo-estatuto-do-aluno_08.html
10 Maio 2010
o eduquês e o novo ESTATUTO DO ALUNO (parte 2)*
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/05/o-eduques-e-o-novo-ea-parte-2.html
10 Julho 2010
vemos, ouvimos e lemos
dp do suicídio do professor Luís, reportagem da SIC sobre a violência nas escolas
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/07/vemos-ouvimos-e-lemos-x-n.html
21 Julho 2010
A efemeridade dominante (vagas manifestadas para entrar num curso público de ensino superior)
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/07/efemeridade-dominante.html
04 Agosto 2010
Santana Castilho e a 'poucochinha' Isabel
"A ministra ignora ou esconde?", por Santana Castilho
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/08/e-que-outro-pais-seria-portugal.html
04 Agosto 2010
"um complemento ao texto do SC " -- por Miguel Reis
A proposta da Ministra da Educação (IA) de acabar com os chumbos parece progressista mas não é
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/08/um-complemento-ao-texto-do-santana.html
06 Agosto 2010
Educação injusta- sb auto-responsabilização, por Luís Campos e Cunha
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/08/um-complemento-ao-complemento-do-artigo.html
06 Agosto 2010
de chumbos e pais .. por: João Pereira Coutinho
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/08/de-chumbos-e-pais.html
28 Setembro 2010
o intocável .. das barbaridades q vomita MST (Eu sou professora e, ao contrário do que afirma o senhor MST, eu não sou aumentada há anos!!)
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/09/o-intocavel.html
07 Dezembro 2010
os quadros hiperactivos
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2010/12/os-quadros-hiperactivos.html
25 Março 2011 ALELUIA!!!!!!!
mais vale tarde .... . Parlamento revoga avaliação dos professores
http://o-vento-que-passa.blogspot.pt/2011/03/aleluia.html
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publicado aqui em 9/05/2011
ASSIM NÃO, PASSOS COELHO! ASSIM NÃO!!
é que NÃO, mesmo!
Vou de perplexidade em perplexidade, e só me ocorre perguntar: mas qu' é esta ***** ???!!!
Então num dia o homem (PPC) prefacia o novo livro de Santana Castilho, "O Ensino Passado a Limpo" - levando-nos (incrivelmente!) a crer que subscreve a sua visão para a Educação e as respectivas reformas, absolutamente inequívocas, reiteradas ao longo dos últimos 6 anos em artigos atrás de artigos e num sem número de intervenções públicas ............................................ e no outro anuncia em programa eleitoral uma série de medidas, algumas delas em tudo contrárias àquilo que Santana Castilho vem defendendo para a Educação e a Escola Pública ?????!!!!!!!!!!
*
as mais gritantes :
- gestão escolar - Santana Castilho: devolver a democraticidade às escolas; Passos Coelho: continuidade (e refinamento) do cargo de director (a)
- ensino público, ensino privado - Santana Castilho: público é público, cabe ao estado assegurá-lo, e com qualidade; financiamento de escolas privadas, só em caso de inexistência de oferta pública ; Passos Coelho: um ramo de cenouras às 'famílias' mais à sua liberdade de escolha .. (b)
- organização da rede escolar - Santana Castilho: fim da constituição de mega-agrupamentos ; Passos Coelho: defende sem vacilar a prossecução desta política (c) - (*)
- taxas de sucesso, abandono escolar - Santana Castilho:: "há as mentiras pequenas, as mentiras grandes e.. há as estatísticas; a quem não sabe não deve passar-se um 'falso' diploma; Passos Coelho: (d)
- destino do actual modelo de ADD - Santana Castilho: lixo e sem contemplações; Passos Coelho: condenação de cuja tibieza noutro ponto parece arrepender-se ..
- processo de Bolonha - Santana Castilho: não aprova; Passos Coelho: nem sabe muito bem que volta lhe há-de dar.. (e)
*
Pois é, contrariamente às expectativas de muitos, o programa eleitoral do PSD para a Educação é uma manta de retalhos que se contradizem entre si num atabalhoamento de perceptíveis diferentes estilos e opostas visões no que à área da Educação concerne. E tanto mais ambíguo porquanto há, lá pelo meio, outros pontos, considerações, medidas, que considero do mais correcto, essas sim expectáveis tendo em conta as difundidas circunstâncias do lançamento próximo do novo livro de Santana Castilho..
Assinalo, pela relevância, um parágrafo cuja autoria reconheço:
O país não suportará mais quatro anos de crispação, de políticas erradas, de facilitismo e de indisciplina nas nossas escolas. A persistência nos erros monumentais cometidos nos últimos seis anos seria irremediavelmente dramática para o país e para as gerações vindouras.
Pois. Quase tudo o que vejo neste programa é precisamente a persistência, que lhes/nos será fatal, nos tais monumentais erros cometidos nos últimos 6 anos.
Dos "objectivos e metas da Estratégia de Desenvolvimento da Educação" do PSD, continuo a saber zero: quais são, afinal, as intenções de Passos Coelho? As que ontem revelou à imprensa, ou o que calculo não vá desdizer dia 12, relativamente ao prefácio (que assinou) de «O Ensino Passado a Limpo?»
- ver artigos que Santana Castilho vem escrevendo para o jornal Público, aqui
Seguem-se excertos (pela ordem em que os encontrei aqui- pps. 94 a 99) do programa eleitoral do PSD para a educação que corroboram as muitas discrepâncias com o pensamento de Santana Castilho, e que todos os professores deste país reconhecerão. (- professores esses que, é bom lembrar, já provocaram, em anteriores eleições legislativas, uma insonhada ascensão do BE por via das posições de Ana Drago na AR .. ah pois é!..)
então vejamos:
Objectivos para a Mudança
Objectivos para a Mudança
A actual situação do sistema de ensino em Portugal exige que se encontre a melhor combinação de políticas para responder a três desafios centrais: (...)
(a)
A melhoria do sistema de gestão [a melhoria ??? mantendo este modelo??? - ah, por favor, não nos tome a todos por parvos!!!!!]
.
.
Gestão das escolas e envolvimento dos pais e da comunidade
- O primeiro sinal e passo a dar neste sentido é o do estabelecimento de uma nova carreira profissionalizada de Director Escolar // O Governo deve garantir a formação adequada e contínua de Directores nas áreas de liderança e gestão; [acontece que esta condição já se verifica, não há melhoria possível, senhor Pedro Passos Coelho!! O seu 'primeiro passo' mais não é do que um insustentável 'marcar passo'!] // A selecção do Director deve ocorrer por via de concurso promovido pelo Conselho Geral, com um caderno de encargos com objectivos mínimos; [igual, igual - igualíssimo ao que já está!!]
- (b) Serão desenvolvidas iniciativas de liberdade de escolha às famílias em relação à oferta disponível, independentemente da natureza pública ou privada do estabelecimento de ensino [ou seja, podemos todos pôr os filhos em escolas privadas, daquelas que expulsam os pequenos 'corrécios' que dão cabo das estatísticas de sucesso e da cabeça dos professores? - porreiro, pá! - e eu a pensar que o senhor não era tão demagógico como José Sócrates!! - ingenuidades..]
- No modelo de gestão das escolas deve ver-se reforçada a participação das autarquias e da sociedade civil na sua gestão estratégica, pela via do aumento da capacidade de intervenção nos Conselhos Gerais, através de um maior peso nas quotas de representação; [uau!! ainda mais?? quer dizer, estamos quase a voltar ao reinado da sinistra..- tudo para manter e agravar ainda mais, é esse o vosso sinal de mudança??!! - assim não, Passos Coelho, assim não!!...]
- O Ministério da Educação estabelecerá um enquadramento legal que permita implementar modelos alternativos de governo e de contratualização da gestão de escolas [ jobs for the boys, you mean? mas que raio de partido é o PSD, afinal? - Pois não foi o Passos Coelho que garantiu - se bem me lembro em congresso - que "com ele não"??]
Criação de uma cultura de transparência orientada para resultados.
- ... Deve ser criada, a partir das estruturas já existentes, a Agência Nacional de Avaliação da Educação. Esta Agência deve ser responsável ainda pela construção de um sistema nacional de indicadores de avaliação da Educação, em linha com as melhores práticas internacionais, que confira transparência e confiança aos cidadãos e que incentive as famílias a tomarem decisões mais conscientes no exercício da sua liberdade de escolha; [??? - liberdade de escolha relativamente à Educação .. hum .. significa isto escolher o país em que se põem os filhos a estudar? Ou, se não, o que é que se entende então por Avaliação da Educação? - e o que é exactamente um sistema nacional de indicadores de avaliação da Educação? = ranking das escolas? É isso que entende por avaliação da Educação? Não deveria ser o sistema Educativo no seu todo (divisão de ciclos, condições de transição, programas e curricula, actualização dos grupos de docência, etc) - que não as escolas individualmente - a estar em causa nessa avaliação?! - por favor explique-se....]
.
Desenvolver e consolidar uma cultura de avaliação a todos os níveis do sistema de ensino.
- Avaliação Externa das Escolas: deve ser implementado um modelo de avaliação externa das escolas baseado no “valor acrescentado”, com base nas metodologias já testadas em Portugal, que integre todas as dimensões do seu desempenho – pedagógica, organizacional e financeira – e que confira uma comparabilidade credível e escrutinável entre as diversas unidades orgânicas; [pois, exactamente. A minha acaba de ser objecto de uma! - nova corrida.. e ... mais um empate PSD/PS. Já agora .. onde é mesmo que este seu programa encaixa no slogan da sua campanha?! ...]
Motivar e desenvolver os recursos humanos da educação
Neste âmbito é propósito do Governo do PSD lançar um Programa de Formação para os recursos humanos visando:
- A aquisição de novas competências de gestão comportamental e de conflitos em sala de aula e na escola; [como? - na formação inicial dos 'aspirantes' a professores, ou em mais umas acçoezinhas no âmbito da formação contínua dos já contratados? (pagas pelos próprios, em horário pós-laboral? - mais do "over-worked/underpaid"?) - olhe que, como motivação.....]
- (d) a gestão personalizada e capacitação de alunos em risco de insucesso e abandono escolar, com prioridade para os Directores, Coordenadores de Directores de Turma e Directores de Turma; [mas o sr e o seu partido sabem - não sabem? - que a razão primeiríssima, quer de insucesso quer do abandono escolar, é o absoluto desinteresse que grande parte dos nossos alunos e respectivos Encarregados de Educação manifestam em relação à escola? Que não há gestão, por mais "personalizada"(e ela existe já, pelo menos por parte dos DsT!) , capaz de fazer face à demissão das famílias relativamente à educação dos seus filhos? À ausência de uma cultura nacional dos valores mais básicos, sistematicamente ignorados ou atropelados também pelos media, e uma própria ex-ministra da educação, e mais a sociedade que a legitimou e continua a elogiar??]
- (d?) Elaboração de um Plano Nacional de Formação Contínua de Professores; [mas ele já não existe? - assim todo virado para as novas tecnologias e com uns resultados fantásticos na melhoria da qualidade de ensino, como todos sabemos??]
- A simplificação do Estatuto da Carreira Docente, [ simplificação? É tudo quanto se lhe ocorre dizer? E por simplificação deve entender-se o quê, exactamente??!!!!!! ] em articulação com as competências mais extensas dos Directores de Escola; [ohhhhporfavor!!!!!!!!!!!!!!!! Mas o que é que o ECD tem a ver com as competências dos "profissionalizados-líderes-gestores"????? E o que é que essa sua medida mudaria relativamente ao que já existe, não me diz?!]
- O reforço das competências e atribuições do pessoal não docente das escolas, designadamente visando a promoção da disciplina e segurança nas escolas e o combate ao abandono e insucesso escolar.[(d?!!) - e como, se o pessoal não docente é (e vai continuar a ser) cada vez mais escasso?!]
a ver se entendi:
- o título deste campo é "Motivar e desenvolver os recursos humanos da educação"
- os 'recursos humanos...', pelo desenrolar da conversa, são professores e pessoal não docente
- 'recursos humanos' esses que já têm vindo a ser, não só desconsiderados, mas também seriamente afectados pelo congelamento sucessivo das suas carreiras e, mais recentemente, ainda pela significativa redução dos seus ordenados
- 'recursos humanos' de quem se espera - a ver se eu entendi mesmo!! : mais formação, melhores competências, mais gestão individualizada em prol dos alunos - numa palavra, mais e mais trabalho (com ECD simplificado no caso dos professores para facilitar essa desdobragem!)
- e .. ver de novo o título deste 'capítulo', ver bem .. a ideia é motivá-los? desenvolvê-los? significa isso que os acham pouco ou mal desenvolvidos, o que quer que isso signifique nas vossas alfinetadas cabecinhas???!!! Mas VOCÊS NÃO APRENDEM NADA??!!!!! E Passos Coelho vai lançar «O Ensino Passado a Limpo» a que título???!!!!!!!!!!!!
Estabilidade e dignificação da profissão docente
- Não há bom ensino nem boas aprendizagens sem que se valorize o papel do professor e do educador. Torna-se urgente restabelecer a confiança no trabalho dos professores, contribuir para o reforço da sua autoridade e promover ambientes de escola e de sala de aula favoráveis ao seu bom desempenho.[ah! Até que enfim, plenamente de acordo!!] Importa apostar na valorização profissional, científica e pedagógica, [o papel social do professor... foi só 'en passant'? para fingir que sim?...] ao mesmo tempo que se pretende mobilizar as suas competências para o fundamental: ensinar melhor e proporcionar aprendizagens mais sólidas. [se tivessem acabado em 'ensinar'.. mas não, tinha de vir o ferraozinho do 'melhor' como a sugerir que se ensina mal..] A valorização profissional dos docentes passa ainda pelo investimento na formação contínua [mas quantas formações contínuas é que os professores têm de fazer??!] e pela elaboração de um modelo de selecção e de profissionalização em exercício dos novos professores e educadores. [que ingenuidade! eu a pensar que desta vez ia sair qualquer coisa de jeito, assim uma referência, por exemplo, à responsabilidade das famílias, da sociedade, da tutela (sim, que ainda estou à espera de muiiitos pedidos de desculpa pelo tanto que me aviltaram nos últimos anos!!) - o título, que diabo, refere a 'dignificação da profissão docente'!..- pois não, para os psds, como para os pss, o cerne de todos os problemas da Educação parece estar - ainda, e sempre, nos professores! E que bem vos ficava a Mª de Lurdes no elenco, ideias tão irmanadas!]
- Pretende-se, igualmente, implementar um modelo de selecção e profissionalização em exercício [isto não está repetido?!] que permita ao Estado escolher os melhores professores e educadores, [assim tipo o 'exame de admissão' que preconiza também o PS?] os mais competentes e os que revelem maior sentido ético da profissão docente.[Ah, pois, que bem.. então e esse sentido ético revela-se como? E onde? E isto tudo é aplicável a quem? Aos profissionalizandos, aos profissionalizados, aos quase reformados?]
- E pretende-se elaborar um Plano Nacional de Formação Contínua de Professores e Educadores que contribua para a concretização dos objectivos e metas da Estratégia de Desenvolvimento da Educação [outra vez????!!!!!!!!!!!!!! Mas vocês não têm nem a noção do ridículo??]
Racionalização e gestão descentralizada da rede de oferta de ensino:
- (c) Consolidação do Processo de Agrupamento de escolas, privilegiando a verticalização pedagógica e organizacional de todos os níveis de ensino, bem como a progressiva autonomia da sua organização e funcionamento; [ora cá está, a grande "pata na poça"! - bad, bad decision! - e olhe que o Bill Gates também acha!]
- (d) Introdução de novas metodologias de promoção do sucesso escolar e de combate ao abandono escolar; [QUAIS?- perpetuar ad-eternum o eduquês? manter nas escolas, a todo o custo, os 5,10%? de alunos que inviabilizam as aprendizagens dos outros todos?]
- Em paralelo, deve proceder-se à especialização dos recursos humanos e das equipas das Direcções Regionais de Educação em funções - [DREs para quê, quando o que se apregoa várias vezes atrás é o reforço da autonomia das escolas, 'controlada' pelas autarquias??]
Orientar a organização do Ministério da Educação para a criação de valor e para os resultados
Aumentar o sucesso escolar nos 2.º e 3.º Ciclos [ainda mais?!!]
- (d) O Governo deve focalizar a sua acção nestes níveis de ensino em três vertentes: a prevenção do insucesso escolar no 2.º Ciclo, com identificação dos factores de risco e áreas lacunares em cada disciplina, para reforço dirigido das aprendizagens; combate ao insucesso escolar no 2.º e 3.º Ciclos, por via de uma intervenção precoce, com projectos e recursos dirigidos de forma personalizada; erradicação do abandono escolar em idades inferiores a 15 anos, com sinalização dos alunos em risco e intervenções articuladas a nível local. [mas o que é que isto traz de novo, pergunto eu??!! E depois, quando será que eu verei algum governo deste país mexer no aberrante sistema que permite aos alunos transitar de ano com negativa a 3 disciplinas - que podem ser sempre as mesmas - até ao 9.º ano?? Mas será este um factor intocável ?????????????]
ensino Superior
(e)
O Governo deve promover uma ampla discussão nacional do processo de Bolonha, tendo em vista uma resposta urgente e operacional aos seguintes pontos fundamentais:
- Mudança para um novo paradigma de competências e capacidades mais adaptadas às necessidades reais do país e da economia global.
- Adaptação da carreira docente aos objectivos de Bolonha [????? - sou eu que já estou farta deste post ou isto é mesmo uma contradição?]
O Governo deve promover uma ampla discussão nacional do processo de Bolonha, tendo em vista uma resposta urgente e operacional aos seguintes pontos fundamentais:
- Mudança para um novo paradigma de competências e capacidades mais adaptadas às necessidades reais do país e da economia global.
- Adaptação da carreira docente aos objectivos de Bolonha [????? - sou eu que já estou farta deste post ou isto é mesmo uma contradição?]
(*)e agora um jogo de argúcia - veja as diferenças:
...
Caso venha a ser Governo, o PSD irá prosseguir a constituição dos chamados mega-agrupamentos. No programa hoje divulgado os sociais-democratas defendem a “racionalização e gestão descentralizada da rede da oferta de ensino”, nomeadamente através da “consolidação do processo de agrupamento de escolas, privilegiando a verticalização pedagógica e organizacional de todos os níveis de ensino”.Foi este um dos princípios que também norteou a reorganização da rede escolar implementada no ano passado pela equipa de Isabel Alçada, que levou à fusão de 103 unidades orgânicas em 86 agrupamentos. Actualmente existem 1078 escolas e agrupamentos do ensino básico e secundário.
*
É .. está mesmo na hora de mudar, mas, definitivamente, NÃO para este programa eleitoral!
*
6.8.2010
Confesso: eu não queria estar a gastar o tempo do meu (acho q mais que merecido) descanso com o assunto dos 'chumbos'. Neste momento, apetece-me muito mais postar sobre música, poesia, livros, filmes ..por isso deixei incompleto o post abaixo (ver)
Não queria, nem me parecia necessário. Outros se debruçaram sobre as declarações ditas 'polémicas' da ME (não o são, polémico seria qq coisa de novo e não-esperado, a inefável criatura mais não fez do que ler umas páginas da bíblia da antecessora!) . Enfim, os media deram-lhe a costumada cobertura, as associações de pais pronunciaram-se, uma preto, outra branco. Tudo o que havia a dizer foi dito e eu, sinceramente, nem sei se valia a pena gastar cera com mais defuntas ruindades.. Tudo vai ficar-se por isto mesmo, esta 'tosquice' que me traz à memória um título de um livro para crianças, "a sopa toca e foge". Eles brincam, nós entramos no jogo. Pais, professores, jornalistas.
E esperamos que nada aconteça, nada se altere nos próximos (pelo menos) dez anos. Quando os vossos filhos (que o meu já é grande, escapa a estas estatísticas..) tiverem terminado os seus 'bolónhicos' cursos-seguidos-de-mestrado para UE ver e forem engrossar as filas dos portugueses desempregados. Ou quando, engenheiros e advogados, forem atender telefones num qualquer call centre. Ou quando tiverem de emigrar para outros países, e os únicos que os vão aceitar são aqueles que deixaram de 'chumbar' ainda mais futuros doutores analfabetos do que nós.
Porque o 'chumbo', e agora passo à análise do artigo de Miguel Reis (aqui) , o chumbo NÃO é «a marca mais evidente do falhanço da escola». A marca mais evidente do falhanço da escola é toda uma geração ter passado por lá e ter-se iludido com o facilitismo das passagens sucessivas, ter agora (ou daqui a dez anos) o seu futuro hipotecado.
E isso é um falhanço, sim, e rotundo, mas da sociedade em que vivemos, muito mais do que da escola.
- É o falhanço de uma sociedade que menospreza o papel da Educação, mas almeja para os seus rebentos um diploma de estudos superiores.
- Uma sociedade que vive de aparências, inclusive a de que se importa com o futuro dos filhos (ou o seu presente, e isso não é apanágio exclusivo, nem talvez particularmente significativo, das classes ditas ‘baixas’).
- Uma sociedade que aplaude quando uma ministra da Educação vem publicamente achincalhar os agentes dessa mesma Educação.
- Que vê num programa de televisão um homem agredir uma mulher e logo o transforma em herói.
- Que sabe de cor os nomes de todos os jogadores, de todos os treinadores de futebol, mas ignora em absoluto quem foi Agostinho da Silva, ou António Egas Moniz, ou José Saramago.
- Que tem 4 e 5 aparelhos de televisão em casa, mas nunca leu um livro na vida.
- Uma sociedade, enfim, que elege e reelege um primeiro ministro suspeito de burlas várias, paradigma do bem-sucedido cidadão português!
Vivemos num mundo em que o ‘parecer’ prevalece sobre o ‘ser’, onde quem colhe frutos são os oportunistas, os burlões, os chicos-espertos. A escola pública é apenas a ponta mais visível – e mais vulnerável – desta lixeira nauseabunda em que se tornou o nosso país, e também o seu reflexo.
No seu artigo "uma proposta falsa", diz Miguel Reis que «as visões meritocráticas da escola são apanágio da direita conservadora». Pois deviam sê-lo também da esquerda, se por esquerda se entende uma força que não aceita a podridão deste status quo! Uma força que valoriza o trabalho sério e o empenhamento individual como construtores de um mundo melhor e mais justo, e de que possam, os seus agentes, colher os frutos. É que, ser “conservador”, nos tempos que correm, é encarar como natural a indisciplina que grassa nas escolas, e premiá-la. É aplaudir a violência, os maus modos, a displicência, a cabulice, o eduquês. É aceitar a desautorização sistemática dos professores e outros agentes da educação, é dar cobertura ao bullying. “Conservar”, neste momento, é querer manter este estado de coisas. É não perceber, ou não querer ver, o que se passa nas escolas deste país, onde a indisciplina e o desinteresse de grande parte dos alunos são a causa primeira do seu insucesso.
Pois, sejamos realistas. Mas não exigindo o impossível grau de doutor para todos os nossos jovens (e quem me dera, se isso se traduzisse em mérito, em conhecimento efectivo!!). Na escola (a pública, entenda-se) dificilmente se encontra já o que Miguel Reis chamará de 'elites'. Na escola pública estão os filhos dos professores e outros funcionários públicos, e os dos operários mais bem pagos do que eles. Estão os filhos dos comerciantes, e os dos desempregados. E os das mães solteiras e os dos emigrantes - brasileiros, africanos, ucranianos, moldavos, romenos. Estão os alunos que querem aprender e os que, logo na ficha que entregam ao director de turma, escrevem que não gostam de estudar. Estão os que lêem e os que não lêem, sejam filhos de professores, operários, desempregados, mães solteiras, emigrantes. Na escola (a pública, repito) estão os que vestem roupas de marca, e são basicamente todos. Os que têm televisão e computador no quarto onde dormem - e são basicamente todos. Os que só se alimentam de hamburgers, croissants, gomas, coca-cola - e são basicamente todos.
A estratificação da sociedade faz-se agora entre os que não têm outro remédio senão frequentar a cada vez mais desacreditada escola pública e os que podem pagar os colégios privados.
Tempos houve em que os alunos se inscreviam nos colégios privados que lhes garantiam a passagem fácil com notas altas - como a realidade se inverteu, não? Tempos, e não tão distantes assim, em que a escola pública tinha qualidade reconhecidamente superior à generalidade dos privados. Em que os professores de uma davam, também, umas aulas na outra. Ou em que o pessoal docente dos colégios era composto, maioritariamente, pelos candidatos que não conseguiam lugar nas escolas do Estado. Onde há, certamente, "os professores que facilmente desistem" (...) e "os professores que tentam utilizar todos os escassos meios existentes" (...) Mas não me venham com a demagogia do "carimbar prematuramente o destino de certos alunos"!!! e .... "professores que acreditam numa escola que serve para distinguir em vez de ensinar", Miguel Reis ?? que é isso? ?!! Pois se é você mesmo que diz, e cito, " a Ministra faz recair toda a responsabilidade sobre as escolas e sobre os professores, insinuando que dispõem de todo os meios para garantir o sucesso escolar de todos os alunos» - em que ficamos, afinal? A escola não tem toda a responsabilidade mas "desiste de corrigir as desigualdades de partida, deixando que elas se reproduzam e se ampliem."??
Esses 'certos alunos carimbados de incapazes', Miguel, não existem no meu mundo profissional, como não existem os professores 'elitistas' de que fala. Existem, sim, alunos que se estão completamente borrifando para a escola, que agridem verbal e fisicamente colegas e professores. E existem professores que não conseguem ensinar-lhes nada, nem a eles nem ao resto da turma, tal é o desinteresse generalizado, tão inultrapassável a indisciplina dentro da sala de aula.
Não se pode exigir à escola que acabe com a leviana cultura de aparências de toda uma sociedade enformada nos estereótipos virtuais que lhe invadem a casa a toda a hora, muito menos que ‘corrija’, ela só, “as desigualdades de partida”. O que, sim, se lhe deve exigir, é que proporcione um ensino de qualidade, regido por valores humanistas e pautado por critérios de exigência, a todos os seus alunos. Que a todos dê os instrumentos necessários para que possam atingir o sucesso, a nível académico e na sua vida futura.
Mas que, antes, se criem as condições sine qua non. Condições que passam, não por um megalómano plano tecnológico, muito menos pela despesa de milhares de euros gastos em escolas-mãe de futuros mega agrupamentos. As condições necessárias para que a escola mude passam, sobretudo e quase só, pela alteração radical das mentalidades dos alunos e dos seus progenitores. Passam por se voltar a entender a escola como um lugar de trabalho, em vez do pátio de recreio que agora é. Passam, também, por diferenciar os curricula e os cursos, de acordo, não com a condição social de cada um, mas com as suas apetências, as suas diferentes capacidades, e por que não?, a sua diversa inteligência.
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Na Rua Sésamo, o programa infantil mais didáctico que já vi, ensinavam-se as letras, os números e os valores. Uma das canções que por lá ouvi dizia qualquer coisa do género: “se todos fôssemos doutores e engenheiros, quem é que martelava?”
É que - marca evidente do falhanço da escola (da sociedade!) - é , também, precisarmos de um electricista ou um canalizador e não encontrarmos um que não esteja atafulhado de compromissos. Ou de arranjarmos outro que nos ponha a instalação em curto circuito e as torneiras a vazar. E é termos tantos inúteis diplomas de doutores. Termos uma taxa de desemprego galopante. Termos nas ruas um número cada vez maior de pedintes cada vez mais jovens.
Por isso a minha aluna, que não é filha de cozinheira, deveria, sem complexos de qualquer espécie, poder cumprir o seu sonho de cozinhar, tal como a filha da empregada de uma amiga cumpriu o sonho de ser médica. Não fossem, também, os preconceitos sociais que (quase) todos ainda temos neste país, e a escola cumpriria muito melhor o seu papel.
E finalizo registando aqui algo que já anteriormente escrevi, e que é fruto da minha experiência de mais de 30 anos com alunos do 3.º ciclo e secundário:
(..) a propósito de um inquérito do jornal Público, em que se inquiriam 'personalidades' sobre as causas do insucesso escolar (efectivo) em Portugal: «Acha que a culpa do insucesso é dos professores?»
A resposta de uma das inquiridas, Inês Pedrosa, escritora e directora da Casa-Museu Fernando Pessoa, mais ou menos isto : « É óbvio que a culpa é dos professores! Os alunos não hão-de ser todos burros!»
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Num ponto tem razão a senhora: os alunos, na sua grande maioria, de 'burros' não têm nada. Nem, de resto, os alunos que reprovam são os que têm 'dificuldades de aprendizagem'.
- Os alunos que reprovam são aqueles que não querem saber da escola para nada - secundados e incentivados nesta perspectiva pelos seus EE.
- Os alunos que reprovam são os que se portam muito mal e fazem da sala de aula uma extensão do recreio, prejudicando-se a si e aos colegas.
- Os alunos que reprovam são aqueles cujos pais só aparecem na escola para insultarem os professores, 'carrascos implicantes' que traumatizam os seus impolutos 'anjos'.
- Os alunos que reprovam, em última análise, são os que, inteligentemente, intuíram os valores de facilitismo e auto-desresponsabilização subjacentes ao sistema educativo - desenhado e mantido ao longo das últimas décadas - pelo ministério da educação.
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"um complemento ao texto do SC " (ver abaixo)
- com a intenção transcrita no título me foi enviado, via mail, o artigo que segue, e que comentarei brevemente.
4.8.2010
publicado aqui, Uma proposta falsa
Author(s): Miguel Reis *
A proposta da Ministra da Educação de acabar com os chumbos parece progressista mas não é. Parece colocar-se no campo dos que defendem o direito ao sucesso de todos os alunos, mas não passa de ilusionismo, confirmando uma das marcas fortes deste governo: aparências, joguetes de comunicação e produção da imagem, um pacote sofisticado que esconde sempre a política do cifrão.
O discurso de Isabel Alçada é mais ou menos este: “é preciso acabar com os chumbos e isso é possível com os meios já existentes nas escolas - aulas de poio e afins – o que falta mesmo é direccionar de forma correcta esses instrumentos”. E apoia-se no exemplo nórdico, ignorando olimpicamente que os meios das escolas nórdicas estão a milhas de distância da realidade das escolas portuguesas. Mais à frente, a ministra lá se descai, repetindo os argumentos da sua antecessora: os chumbos são muito caros e pouparíamos muito dinheiro acabando com eles. De facto, o governo PS está também a milhas de distância de qualquer social democracia nórdica. Está mais interessado em gastar menos dinheiro com a educação do que em investir nela. O PS quer acabar com os chumbos porque isso lhe permitiria poupar muito dinheiro, nos países nórdicos investiu-se muito na Educação para tornar os chumbos desnecessários.
A proposta da Ministra é falsa porque não é amiga do sucesso escolar real. E faz recair toda a responsabilidade sobre as escolas e sobre os professores, insinuando que dispõem de todo os meios para garantir o sucesso escolar de todos os alunos. Mas ela sabe que isso nunca vai acontecer. O seu verdadeiro interesse é poupar dinheiro e melhorar nas estatísticas. Este é um governo de má-fé. Se estivesse de boa-fé não se oporia – ainda por cima de forma patética – à redução do número máximo de alunos por turma, à presença de equipas multidisciplinares nas escolas, ao investimento no ensino especial, e ao reforço de meios humanos e materiais para acompanhar de forma consistente cada aluno em dificuldades. Se estivesse de boa-fé não adiava uma urgente revisão curricular para as calendas gregas. Isso sim, seriam medidas que poderiam abrir caminho para que os chumbos passassem à história. Mas, em vez disso, em vez de tomar medidas concretas, a Ministra prefere atirar barro à parede.
A conclusão é que o “economês” deste PS está por cima do debate ideológico tradicional sobre a escola. Não se trata de defender o direito ao sucesso de todos os alunos contra as visões meritocráticas e elitistas da escola que são apanágio da direita conservadora. Trata-se simplesmente de poupar dinheiro olhando para a escola como uma empresa que produz ou não resultados. De facto, o neoliberalismo deste governo quer mascarar-se de esquerda colocando-se vagamente do lado emancipatório, mas ao deixar tudo na mesma relativamente ao sucesso escolar real dos alunos, está de facto a tomar o lado conservador. No fundo, se passarem todos os alunos mas uns terminarem sabendo muito mais do que outros, fica garantida a estratificação social. A escola desiste de corrigir as desigualdades de partida, deixando que elas se reproduzam e se ampliem. É por isso que o discurso contra os chumbos deste governo, apesar de levantar o histerismo fanático de sectores conservadores que pensam que o chumbo é uma inevitabilidade necessária para distinguir os melhores dos piores, acaba por se colocar no plano dos que defendem a perpetuação dessa diferenciação, tentando apenas escondê-la acabando com a catalogação tradicional do aprovado/reprovado, que sai cara ao sistema.
Finalmente, importa dizer duas coisas. A primeira é que a defesa sincera do fim dos chumbos, ou seja, a ideia de que é possível que praticamente todos os alunos possam atingir competências e conhecimentos essenciais, não é nenhuma utopia romântica. Ela é hoje uma realidade em muitos países e não há como negá-lo. A segunda é que não há como fugir a uma disputa ideológica em cada escola entre os professores que facilmente desistem de certos alunos carimbando-lhes prematuramente o destino porque acreditam numa escola que serve para distinguir em vez de ensinar, e os professores que tentam utilizar todos os escassos meios existentes para melhorar o sucesso escolar de todos os alunos e que compreendem que em certas circunstâncias o chumbo pode ser pior para um aluno, dado que a desmotivação de perder sua turma e de ser catalogado como incapaz pode atirá-lo para o poço do insucesso permanente. Na verdade, o chumbo é a marca mais evidente do falhanço da escola e muitas vezes contribui para ampliar esse falhanço. Mas para acabar totalmente com o chumbo há primeiro que corrigir esse falhanço original da escola, algo que o governo nunca se mostrou honestamente interessado em fazer.
nota: sublinhados meus
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de Santana Castilho *
e.. que outro país seria Portugal, se este homem fosse ministro da Educação, melhor ainda, 1º ministro, já pensaram?
Pergunto-me: será que Isabel Alçada, José Sócrates, Cavaco Silva, não o conhecem? Será que nunca o leram? Será que, tendo-o lido, não lhe reconhecem a justeza das ideias, a honestidade das posições? Não os incomoda, a eles, a pequenez dos seus podres intelectos, a risibilidade e a perigosidade das insensatas medidas políticas que teimam em implementar?
in jornal Público, 4/8/2010
A ministra ignora ou esconde?
Quando exprime certezas, erra grosseiramente. Quando responde, afunda-se em equívocos. Quando analisa, não vê os factos. Catita no vestir e no pentear, eis Isabel, leve no pensar, ministra da Educação e fantasista por compulsão.
A vacuidade e a imprecisão continuada do discurso, primeiro em entrevista ao Expresso de 31 de Julho, depois a vários canais televisivos para emendar a proposta de banir os chumbos, obriga ao exercício penoso de contraditar e esclarecer. Não cabendo tudo, escolho o mais danoso. O Expresso perguntou: pondera então alterar as regras de avaliação durante o seu mandato? A ministra respondeu: pondero. O Expresso insistiu: e está disposta a lançar esse debate para acabar com os chumbos? A ministra respondeu: sem dúvida. O Expresso considerou: muitos dificilmente concordarão com o fim da retenção. A ministra respondeu: por uma questão de tradição. Quando se deu conta da leviandade da proposta e de que muitos não concordavam, a ministra veio às televisões dar o dito por não dito, socorrendo-se dos países do norte da Europa, cuja realidade ignora.
O objectivo de qualquer sistema de ensino é que todos aprendam. Mas em todos os sistemas há os que falham. A quantidade dos que falham é consequência de uma gama enorme de variáveis. Umas podem ser intervencionadas directamente pela escola e pelos professores. Outras não. Dependem dos próprios alunos. Das famílias. Da cultura vigente. Da consciência cívica dominante. Da qualidade dos sistemas políticos, da competência dos que mandam, da natureza das escolhas que são feitas e das prioridades que se estabelecem. Os métodos pedagógicos variam. Mas nenhum sistema sério diploma a ignorância como tem sido feito pelos dois últimos governos de Portugal. Esta é a questão e este é o conceito do tradicional chumbo: enquanto um cidadão não sabe o que está estipulado, o Estado sério não diz que ele sabe. E assim postas as coisas, obviamente que há chumbos nos países do norte da Europa.
Invoco, por todos, o caso da Noruega e socorro-me da publicação oficial “Facts About Education in Norway, 2010”. Na página 11 verifica-se que só 56 por cento dos alunos do secundário completaram o respectivo ciclo de estudos no tempo previsto. Houve 27 por cento de abandonos ou chumbos, 12 por cento que necessitaram de mais tempo e 6 por cento que ainda o tentavam concluir no momento da recolha dos dados (27+12+6 dá 45 e não 44, mas o erro é da própria publicação citada). Não se chumba lá? Nas páginas 22 e 23 estão as tabelas da relação do número de alunos para cada professor: 4 no pré-escolar, 12 no básico, 8,5 no secundário e 11,9 no superior.
Ora a nossa ministra da Educação disse ao Expresso que turmas de 15 e menos alunos apresentam baixas taxas de sucesso, quando ela sabe bem que essas são turmas com os alunos mais problemáticos do nosso sistema e só por isso, que não pela dimensão, registam baixos índices de aproveitamento. Foi séria tal referência? Na página 8 da publicação que cito, verificamos que mais de 40 por cento das escolas básicas da Noruega são de reduzida dimensão, tendo crianças de idades e níveis diferentes a serem leccionadas na mesma sala (escândalo, paradigma de outro século, segundo os cânones de Isabel Alçada). Se formos à Suécia, a situação é análoga. Os países do norte fazem o contrário do que aqui acaba de ser imposto. Como comentaria a ministra se a tivessem confrontado com a realidade que ignora ou manipula?
Referindo-se às competências que os alunos devem adquirir no ensino básico, a ministra teve o topete de dizer ao Expresso que “nem existe documento que as defina”. Grosseira mentira. Existe e sobre ele correram rios de tinta.
Isabel Alçada distorceu os factos quando falou de Inglaterra, onde o insucesso escolar está na ordem do dia. Basta só ver o número dos que não obtêm o certificado que lhes abre as portas das universidades.
Isabel Alçada não faz a mínima ideia do que se passa na Finlândia ou finge que não sabe, o que é pior. Mais de um quarto dos alunos do sistema tem apoios complementares e 8,5 por cento são objecto de educação especial, segundo uma tipologia rigorosa que aqui foi banida. Todo o ensino é totalmente gratuito e a profissão de professor é das mais prestigiadas. Os normativos duram décadas. O direito ao ensino obrigatório pode ser revogado se os alunos não cumprirem as regras. Um comité aprecia as infracções e pode determinar soluções alternativas. Esta é uma questão tabu que não se discute entre nós, por complexos políticos. Boa parte dos alunos que não aprende nem deixa aprender não quer estar na escola. As famílias desses alunos pensam e agem como eles. Faltam, agridem, perturbam e nada acontece. Realidade bem diferente da dos países do norte da Europa, onde a fortíssima consciência e cultura cívicas impedem situação semelhante.
Termino com números, colhidos das estatísticas oficiais da OCDE e relativos a 2006, expressos em dólares americanos. Portugal gastou com cada aluno do básico, secundário e superior, por ano, respectivamente, 5908, 7052 e 9724. Pela mesma ordem, eis os gastos dos nórdicos. Finlândia: 7570, 6585 e 12845. Noruega: 9781, 12559 e 16235. Dinamarca: 8854, 10400 e 15391. Suécia: 8032, 8610 e 16991. Se atendermos ainda a que desde 2005 as nossas despesas com a educação diminuíram sempre e fortemente, o contraste diz o que Isabel Alçada escondeu.
* Professor do ensino superior
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17.3.2010
educação, ME, política, traições, Isabel AlçadaSURPRISE ! .. ??
nota prévia: o quadro abaixo - surrealista como convém - é de Cruzeiro Seixas ..
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«Na noite da passada Segunda feira, o Ministério da Educação (ME) enviou por e-mail aos sindicatos, com quinze dias de atraso, o projecto final de Estatuto da Carreira Docente (ECD).
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«Na noite da passada Segunda feira, o Ministério da Educação (ME) enviou por e-mail aos sindicatos, com quinze dias de atraso, o projecto final de Estatuto da Carreira Docente (ECD).
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Para Mário Nogueira, secretário geral da Federação Nacional dos Professores, "o documento é inacreditável porque é completamente diferente do que decorreu da negociação: acaba com concursos e tudo o que são formas de mobilidade é suprimido, apenas fica a mobilidade interna e a cedência por interesse público".
(..)
(..)
João Dias da Silva considera que "se este caminho for adoptado, isto corresponde ao fim da carreira especial dos professores".
Mário Nogueira diz que "se este diploma tiver pernas para andar os professores também têm pernas para voltar a descer a Avenida da Liberdade", já que "quando os docentes souberem disto [a tutela pediu confidencialidade] vão ficar com a mesma indignação que os fez manifestarem-se. » - ler notícia completa, mais análise da FENPROF, aqui
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Ora acontece que os professores já sabem 'disto'. Acontece também que qualquer professor esclarecido (e talvez menos ingénuo que os dirigentes sindicais) já deveria antever um quadro destes. De resto, que é que esperavam? Ou andam todos a dormir e não se aperceberam dos sinais? - óbvios, diga-se de passagem..
Pois o que é que se pode esperar de uma ministra - por muitos esgares que exiba frente às câmaras - que, mal aceitou o cargo, a primeira coisa que fez foi elogiar a sua antecessora e respectiva equipa? Que não perdeu tempo a garantir a bondade das políticas do ME socretino? Não entenderam isto como uma agressão, um absoluto desrespeito por tudo o que vos fizeram sofrer? Não vos soou isto, logo aí, a ameaça de que tudo iria continuar na mesma, talvez até.. piorar?
- Afinal, que esperavam todos de uma pessoa que aceita ser ministra da educação de um governo chefiado pelo mesmíssimo homem que fizera do ataque à classe docente e da destruição da escola pública a sua mais inflamada bandeira? (ou acham que a 'milú' decidia sozinha?!)
- Que esperavam vocês, professores, sindicatos, de uma pessoa que aceita chefiar o ministério ao tempo mais conturbado de todos, sabendo, como de resto o inteiro país, da crispação nas escolas, da inexequibilidade das medidas impostas, do comprometimento-em-curso de todo um processo educativo? Que o fez, plagiando (sorrisos à parte..) , elogiando uma figura que se tornara odiosa , quando devia era ter-se comprometido MUDANÇA?
Depois de tudo o que se viveu / sofreu no primado de Mª de Lurdes Rodrigues (logo compensada pelos magníficos serviços prestados, não esquecer), depois de todas as agressões e enxovalhos, alguém por aí ouviu um pedido de desculpas? - por parte fosse de quem fosse, e muitos o deviam?
Algum dos que agora se espantam ouviu alguém (PM, nova ME e assessores) assumir publicamente os erros, a incompetência da anterior equipa da 5 de Outubro? Reconhecer que foram desastrosas, todas, as medidas impostas? - do ex-novo ECD ao Estatuto do Aluno, passando pelo novo Modelo de Gestão e essa esquizofrénica ADD mais as suas mirabolantes versões?
Pois. Não.
O que ouvi eu, foi o sr. José Sócrates afirmar, em campanha eleitoral, que estava muito satisfeito consigo próprio.
O que ouvi, também, e desde o primeiro dia, foi a sra. Isabel Alçada elogiar as políticas educativas do anterior governo e declarar-se disposta a prossegui-las.
Por isso a mim não me espantam agora as traições, os atropelos legais ou morais. Já estava à espera. Houve até quem se tivesse dado ao trabalho de avisar os mais distraídos (**) : Santana Castilho, por exemplo, fê-lo 2, 3, 'n' vezes, ao que me lembro. Previu este quadro inteiro: « (..) para suspender tacticamente um modelo de avaliação do desempenho que já não existe, reforçaremos estrategicamente um poder que se instala sob a nossa ingenuidade. Não me entendem? Estejam atentos aos próximos capítulos!» S.C. - Público, 28/10/09
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Eu ouvi e li. Vocês estiveram onde, este tempo todo ??
Eu ouvi e li. Vocês estiveram onde, este tempo todo ??
(**) para quem precisa que se lhe reavive a memória:
- Isabel Alçada segundo Santana Castilho
- os desacordos do acordo
- mais do mesmo
- um traste chamado Isabel Alçada
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Ah, e sobre voltar a descer a Avenida da Liberdade, sr. Mário Nogueira, pois.. não me parece. Para quê?
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21-11-2009
IMBRÓGLIOS
Projecto do PSD sobre avaliação docente passa com abstenção do PS
Já os outros sete diplomas da oposição, que visavam suspender o actual modelo de avaliação e acabar com a divisão da carreira docente em duas categorias hierarquizadas, foram chumbados (...)
O diploma do PSD recomenda ao Governo o fim da divisão da carreira em duas categorias e a criação de um novo modelo de avaliação no prazo de 30 dias, além de defender que no primeiro ciclo avaliativo, que está a terminar, não haja professores penalizados em termos de progressão da carreira devido a diferentes interpretações da lei. fonte
O diploma do PSD recomenda ao Governo o fim da divisão da carreira em duas categorias e a criação de um novo modelo de avaliação no prazo de 30 dias, além de defender que no primeiro ciclo avaliativo, que está a terminar, não haja professores penalizados em termos de progressão da carreira devido a diferentes interpretações da lei. fonte
Então..
- o PSD "recomenda o fim da divisão da carreira" embora chumbe todas as propostas de igual sentido apresentadas pelos partidos da oposição.
- o diploma do PSD reconhece a validade do 1.º ciclo de avaliação, apesar de ela se basear num pressuposto cujo fim 'recomenda' (nada de comprometimentos, note-se..) : a divisão da carreira em duas categorias.
Ou seja: o fim da divisão da carreira docente em PROFESSORES e TITULARES (seleccionados por 'critérios' aberrantes) aparenta gerar consensos fora do circulozinho autista do PS.
Apesar disso, o PSD parece reconhecer a bondade e a justeza da avaliação deste 1º ciclo, em que professores foram avaliados por titulares com habilitações académicas, conhecimento científico, experiência pedagógica, inferiores às suas. Ou por professores de diferentes áreas disciplinares. Ou... etc etc.
Apesar disso, o PSD parece reconhecer a bondade e a justeza da avaliação deste 1º ciclo, em que professores foram avaliados por titulares com habilitações académicas, conhecimento científico, experiência pedagógica, inferiores às suas. Ou por professores de diferentes áreas disciplinares. Ou... etc etc.
Que seriedade, que congruência, que credibilidade, terá o PSD encontrado nas avaliações levadas a cabo no primeiro ciclo de avaliação de desempenho docente, para agora o vir validar??
Mais:
Defende o diploma do PSD que no primeiro ciclo avaliativo não haja professores penalizados em termos de progressão da carreira devido a diferentes interpretações da lei.
Ora acontece que o PSD está mal informado, e nesse caso não devia pôr-se a opinar 'à toa'!
É que as referidas penalizações não se devem apenas a diferentes interpretações da lei.
A avaliação dos professores, neste primeiro ciclo, foi um autêntico 'forrobodó'! Pior, teria sido impossível.
A avaliação dos professores no biénio 2007-2009 foi feita com tanta, mas tanta isenção e rigor, que dependeu, também e por exemplo, da maior ou menor adesivação dos CE /directores / CAP e das suas decisões, vontades ou caprichos.
Dependeu, em grande medida, dos despachos e contra-despachos/decretos/emendas .. da equipa de Mª Lurdes Rodrigues e das suas decisões delirantes. Delírios esses consubstanciados com especial requinte de honradez, legalidade e isenção nas instruções dadas pelas DRE (direcções regionais de educação) às escolas. O que em Junho?/Julho? foi peremptoriamente recomendado/ explicitado/ imposto aos directores/CAP foi que que não aceitassem FAA (fichas de auto-avaliação) a professores que não tinham entregue O.I. (objectivos individuais).
Isto, senhores deputados do PSD, não foi uma interpretação da lei! Isto foi (para além de uma vingançazinha da 'defunta' ministra) um grosseiríssimo atropelo à lei! Uma lei (novo ECD) imposta pela anterior equipa do Ministério da Educação! Uma lei ignorada, 'atropelada', por órgãos directivos desse mesmo ME!!
Depois, mais uma vez, entraram em cena opções pessoais e arbitrárias por parte de quem dirige as várias escolas deste país. E . .
pois é.. grande imbróglio!- houve professores a quem (conforme indicação superior) foi recusada a entrega da FAA.
- houve professores a quem (contrariamente a indicação superior) a entrega da FAA não foi recusada.
- houve professores que foram avaliados 'administrativamente' (do que tenho conhecimento, classificação de 'bom' para todos), tendo ou não entrege OI e FAA - a 'oficial' ou outra qualquer.
A novelíssima ME já disse que "só não será avaliado quem não quiser". Interessante seria desmontar-lhe o discurso. Que quererá ela dizer, exactamente, com esta sua declaração? 'venham a mim, filhos pródigos-ovelhas tresmalhadas, juntem-se ao rebanho que eu abençoarei todos os pobres de espírito arrependidos !' .. será isto ?
Isabel Alçada já tinha anteriormente afirmado que sem a entrega dos 'elementos de avaliação' .. nada feito. Para já, palpita-me que houve ali um 'TPC' mal feito.. saberia a senhora, na altura, que os elementos de avaliação são dois - e bem distintos, nomeadamente à luz da jurisprudência? [E então, pergunto-me .. que significa isto?? : «Avaliação: Falha de entrega de documentos sem penalização», publicado em 18/11, aqui]
Bom, partindo do princípio que I.A. se referia à FAA, será lícito deduzir que quem a entregar - (ainda!!) - será avaliado?
E a FAA terá de ser a oficial?
E quem já entregou outro tipo? Deve agora retirá-lo e entregar a FAA genuína, a de lei, a 'one and only'?
E o que acontece àqueles que, no meio desta barafunda, persistirem na sua recusa - mais que legítima tendo em conta este surrealista naipe de irregularidades - em serem avaliados segundo o mesmo indefensável modelo que durante meses e meses contestaram na escola e na rua, contra o qual fizeram manifestações e concentrações, greves e cordões?
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IMPACIÊNCIAS
16-11-2009
É, confesso, ultimamente ando um tanto impaciente, mau-feitio, irritada com merdinhas que, noutras alturas, me deixariam indiferente. Irritam-me as quintinhas do facebook, os coraçõezinhos, os inocentes entreténs dos meus amigos (sorry...) numa altura em que, contra os professores, se cozinham pratos envenenados entre sindicatos, ME e sabe-se lá que partidos políticos.
Irritou-me hoje sobremaneira um mail que recebi : um apelo para divulgar por "todos os meus contactos" !! , e um texto (publicado no site do Ilídio Trindade) com o seguinte título: «VAMOS SOLICITAR AO PSD A CLARIFICAÇÃO DA SUA POSIÇÃO.» Ora tenham dó!! Para começar, o texto é de uma tibieza .. confrangedora. Vejam só como acaba, digam-me lá se o problema é meu: «Assim, urge esclarecer os eleitores, nomeadamente os Professores, sobre qual é efectivamente a vossa posição. A oposição tem maioria, mas... Com os melhores cumprimentos, »
"solicitar"??!! "os melhores cumprimentos"?? !! Pois eu, se tivesse votado PSD e os visse agora desdizer-se, romper promessas e supostos pactos com a classe docente - muita - que neles confiou (!!!!) - eu, estaria absolutamente possessa com o seu descaramento, a falta de carácter, a vassalagem ao PS. Eu já lhes teria escrito, mas chamando-os traidores e vendidos. Já os teria insultado em tudo onde pudesse - blogues e mails e jornais. No FB, por exemplo! E já me teria manifestado em incontida fúria - em frente à sua sede, à AR, o que fosse.
Ora acontece que eu não votei neles.
Eu escrevi para quem quis ler (.) que era um erro crasso essa opção.
Pois então, que se mexa quem tão convicta e empenhadamente andou a fazer patéticos apelos ao voto no PSD! Batam com a cabeça nas paredes, arrepelem-se quanto queiram (e, desculpem, merecem..), peçam contas, protestem.
Agora não me venham é com rodriguinhos e pedidos de cumplicidades.
Eu, para esse peditório, NÃO DOU!
Agora não me venham é com rodriguinhos e pedidos de cumplicidades.
Eu, para esse peditório, NÃO DOU!
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21 Nov. 2009
pelo direito à liberdade de expressão e de opinião
- reposição do post «Os 13 magníficos», seguido de confronto com Paulo Guinote, do blogue "A Educação do meu Umbigo" e um post chamado "A Ana Lima está chateada" ...
Alguém que muito prezo disse-me: «uma opinião é uma opinião, não devias ter retirado a tua!» Também por isso, reponho aqui este post. É a minha opinião, o meu sentir, tenho pleno direito a ambos, sobretudo depois do incitamento ao 'apedrejamento público' de que fui alvo no 'Umbigo' e da maneira como me destrataram pessoas que, afinal, não merecem a minha consideração.
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uma adenda (23/11/09) só para quem tenha a memória curta: façam o favor de ler, aqui , aqui , e aqui - tudo citado neste blogue, aqui
uma adenda (23/11/09) só para quem tenha a memória curta: façam o favor de ler, aqui , aqui , e aqui - tudo citado neste blogue, aqui
Os 13 'magníficos'
Assim vos chamou o João Francisco, depois que todos vocês tiveram a ousadia, o sentido de oportunidade, a lucidez e a verticalidade de publicarem na imprensa a vossa famosíssima 'declaração de intenções'. Na altura, o JF dedicou-vos até uma medalha com a efígie do Paulo Guinote. Congratulou-vos pela 'lição de coragem', chamou aos "Umbigo's thirteen" o valor mais seguro no combate à crise de valores.. (ver) Lembras-te, Paulo? Lembram-se, vocês todos outros 12 magníficos, co-autores do texto?Era Junho e poucos os professores que ainda resistiam, de facto e no terreno. Sem O.I., andávamos quase todos à toa sem sabermos como proceder em relação à FAA. Cuja entrega os sindicatos aconselhavam. Que era de lei, constava do ECD como obrigação.. Por outro lado, a manif de 30 de Maio tinha reacendido esperanças, incendiado vontades - de não pactuar, de assumir a luta, a justeza das nossas posições - até ao fim. O assunto todos os dias inundava mails e blogues, e no entanto .. peremptórios, defensores convictos - desde o início - da não entrega de coisíssima nenhuma, apenas dois umbiguistas, o Teo e a Reb.
É então que o vosso texto aparece. Estoirou por aí com a incandescência, o troar ensurdecedor de um fogo-de-artifício. No Umbigo, o post teve 399 comentários. No Público, é divulgado com pompa e circunstância. O título-resumo, no jornal, inequívoco. E incontestado por qualquer dos autores: «Os subscritores desta declaração recusam participar numa mistificação e não vão entregar a sua ficha de auto-avaliação»Sei bem que na vossa 'declaração' tiveram o cuidado de se ilibarem de responsabilidades colectivas. É certo que o vosso texto salvaguardava hipóteses de outras avaliações.Não interessa. Não interessou, sobretudo, na altura. O que intuí eu, o que interiorizámos muitos, foi que havia um exemplo de verticalidade a seguir, uma única atitude digna e coerente a tomar: não entregar a FAA, nem a 'oficial', nem outra qualquer; não pactuar; não entrar nas estatísticas de sucesso do ME, relativamente às suas políticas de ADD.Eu .. comovi-me com a vossa atitude arrojada. Eu, senti vergonha das hesitações, das dualidades que até então me tinham tolhido. E desejei estar ao vosso lado naquela hora, sofrer convosco as penalizações que viessem, quaisquer que elas fossem. Escrevi-o, divulguei-o aqui. Levei, talvez, outros a seguir-vos..Aceito as vossas imperfeições, as vossas fraquezas, como vocês aceitarão as minhas... Mas não vos perdoo.Não vos perdoo terem (quase todos) entregue um qualquer tipo de auto-avaliação.Não vos perdoo que, através daquilo que entregaram, se tenham feito avaliar, logo vocês, e quase todos. Escusado iludirem-se, na óptica do ME é isso que vocês agora são: professores avaliados, e precisamente segundo a mistificação que diziam recusar. Como todos os outros, incluindo os que entregaram objectivos individuais, vocês - quase todos - cederam e pactuaram, sim. Paulatinamente integraram-se no sistema, validaram as estatísticas falaciosas do ME, deram força ao despudor da sua propaganda. Vocês - quase todos - falharam na "coerência com as atitudes e posições assumidas no passado".Não vos perdoo terem deixado sozinhos, não só alguns (2? 3?) dos co-autores do vosso manifesto, como todos os outros colegas que, seguindo-vos, entraram inteiros nesta guerra, levaram a sério os seus princípios éticos.Não te perdoo sobretudo a ti, Paulo. Eram 13 os signatários do documento, mas um nome sobressaía por direito próprio: o teu. Tu eras o "valor seguro" de que falava o JF. O teu nome era a garantia de que muitos precisávamos. Tinha a força de uma bandeira, a firmeza imutável de uma pedra.
Sinto-me abandonada, traída, e o que me vem à memória é uma frase do discurso do Luther King - em meu nome, em nome de todos os professores não-avaliados:In a sense we've come (...) to cash a check, a check which has come back marked "insufficient funds."
comentários a este post:AL : como nem tudo são unanimidades e bajulações, transcrevo aqui partes de comentários* que agradeço ..* no post do umbigo30(…) Entregar OI tardiamente ou um documento de autoavaliação não previsto na legislação, tem os mesmos efeitos de quem entregou OI dentro dos prazos ou a FAA: são avaliados. Este é um facto incontornável e por isso também demonstra que foram incluídos no sistema que tanto hostilizaram.137Quem é a Ana Lima ????Alguém que nos últimos três anos mobilizou professores para esta luta como poucos o fizeram; escreveu/divulgou textos, moções, abaixo-assinados; criou blogues, afixou sistematicamente informações na sala de profs; esteve presente em tudo o que foi manifs, vigílias, concentrações; na sua escola (com PCE mais do que adesivo ) nunca deixou de tomar posições em defesa dos professores e da escola pública contra o ECD, contra o modelo de avaliação….NÂO entregou OI nem ficha de auto-avaliação. (…)178(…) também sei que somos todos bem crescidinhos e sabemos fazer as nossas opções. Mas se não tivesse havido sargentos, majores, coronéis e generais, a nossa luta teria chegado a bom porto?Dormiremos descansados no nosso ‘bom’ administrativo, enquanto outros permanecerão numa marcha sem fim?Mas então, no âmago da luta, o lema não era “um por todos e todos por um”? (...)219Há aqui coisas que me escapam, mas não gosto de apedrejamentos públicos, vou fazer umas piquenas férias do umbigo (…)229“Ela retirou o post, mas o acto ficou praticado e as solidariedades – estranhas, em alguns casos – também.”
solidariedades estranhas? Não gostei da forma do post, o Paulo já devia ter consciência da sua força, ou haverá qualquer coisa que justifique a agressividade da resposta. (…)231(…) O que o sr (colega???) não entende é que, muito antes de o senhor andar por aqui com as suas piaditas chochas e/ou de mau gosto ( para não lhe chamar simplesmente grosseiras, no caso de hoje), já a verdadeira Ana Lima tinha o seu blogue onde se batia pelas causas da Educação em Portugal, escrevia textos maravilhosos muito citados e glosados em anos subsequentes e participava em acções de protesto (…)234(…) a quem tem perguntado razões para um desaparecimento súbito, respondo que estão bem ilustradas aqui em bem mais de uma centena de comentários. À turba ululante, adeus, e pode vir a calhauzada.
Se os professores se tivessem atirado às canelas da 5 de Outubro com esta determinação generosa, o pesadelo não teria durado o tempo suficiente para que muitos, sem dúvida entre os melhores, tivessem abandonado a profissão (…)21 de Novembro de 2009 18:46
AL disse...reponho também, dois dos comentários que na altura aqui me deixaram, e que me merecem toda a consideração:1.A mim vem-me à memória Maiakovsky
"Esperotenho féque jamaisjamais passarei pela vergonhade me acomodar."Sílvia2.Ana,A este post tenho mesmo que responder, até porque o meu nome também aí está e tu tiveste o cuidado de me enviar um mail com o link para eu o ler, mas vou ser breve.Não sei exactamente quantos não entregaram coisíssima nenhuma, nem estou preocupada com isso. Sei que na altura as opiniões dividiam-se e eu hesitei um pouco, mas acabei por decidir não entregar rigorosamente nada. Até ao momento não fui avaliada. De acordo com informação do pedagógico, todos os que entregaram a FAA serão avaliados, mesmo os que não entregaram os OIs; só os que não entregaram rigorosamente nada (e o prazo para o fazer já acabou) é que não serão avaliados. Supostamente, é esse o meu caso. Vamos lá a ver no que isto vai dar... Se não for antes, quando completar o tempo necessário para mudar de escalão, ficarei à espera de progredir e, não progredindo, logo verei o que fazer.Acho que somos todos adultos e responsáveis. A cada um cabe arcar com as consequências dos seus actos. Sei que podemos ser influenciados por terceiros, mas a responsabilidade não deixa de ser nossa. Além disso, no grupo que referes, havia gente que, se bem me lembro, sempre pôs a hipótese de entregar algum documento alternativo. Mas mesmo que não tivesse posto essa hipótese, nós "vemos, ouvimos e lemos", não é, Ana?...Estamos todos estourados com estes anos de massacre constante. Vamos tentar recuperar um pouco; não nos desgastemos mais do que o necessário!Um abraço,Armanda, 21 de Novembro de 2009 18:47
Sílvia disse...Fizeste bem em repor o post.BeijosPorque os outros se mascaram mas tu nãoPorque os outros usam a virtudePara comprar o que não tem perdão.Porque os outros têm medo mas tu não.Porque os outros são os túmulos caiadosOnde germina calada a podridão.Porque os outros se calam mas tu não.Porque os outros se compram e se vendemE os seus gestos dão sempre dividendo.Porque os outros são hábeis mas tu não.Porque os outros vão à sombra dos abrigosE tu vais de mãos dadas com os perigos.Porque os outros calculam mas tu não.22 de Novembro de 2009 20:55
AL disse...ah, Sílvia.. como eu me identifico com este poema..e como tu me lês bem..beijo graaaaaaaaande,ana22 de Novembro de 2009 20:58
Margarida Alegria disse...Como já disse, AL, fizeste bem em repôr este post. Estavas no teu direito.E, AL e Paulo, vejam lá se fazem tréguas.Há agora situações graves a pairar sobre as nossas cabeças e precismos de todos. E de vós ambos.26 de Novembro de 2009 21:23
AL , 3 de Dezembro de 2009 10:34 :
disse-me o meu irmão há tempos, precisamente a propósito dos muitos elogios, incentivos, agradecimentos (..) decorrentes de qq coisa que escrevi no 'umbigo': "há sempre alguém que nos merece"por isso quero aqui renovar os meus agradecimentos - à 'amarga' e à 'grelhada' (Ana G. e Margarida A.), que 'com unhas e dentes' me defenderam quando bem precisei ..os meus agradecimentos também pelas posições assumidas pela teresa lobato, o 'horace' e o 'v.p.', quando contra mim parece continuar, naquele blogue, uma senha persecutória e maldosa de insinuações.
AL disse:para já .. apenas um esclarecimento:«FIM!DEFINITIVO!
P.»foi a resposta - assim, curta e grossa - a uma msg apaziguadora que enviei ao Paulo Guinote (posso pô-la aqui, bem como aos mails que trocámos desde que começou a 'guerra', se forem precisos mais esclarecimentos ..) Quem sabe, não 'posto' qq coisa assim do tipo: "O Paulo Guinote está chateado" ..?..
Pois então, e voltando ao esclarecimento: fim, para mim, é fim - vindo em maiúsculas, do mais inequívoco!
Fim, para mim, não pressupõe largar aqui um comentário que deveria ter antecedido ou substituído um post maldoso no Umbigo (que decorreu de mail que lhe enviei, dando-lhe conta do que tinha escrito..). Não, certamente, uma semana depois do incitamento ao apedrejamento público de que fui alvo e que parece ter-lhe dado supremo gozo..
Fim, para mim, não é PG querer vir aqui, tarde e a más horas, 'desmontar-me o discurso', quando não o faz no seu próprio blogue. Por que será, pergunto-me?!
PG tem o seu imenso palco, o seu séquito de informadores, os seus bajuladores de serviço. Aqui, não!
Comentários em que me insultam e onde se fazem, contra mim ou os meus amigos, insinuações insidiosas, apago-os.
Pena é que PG não aja da mesma forma relativamente aos do mais baixo nível, do mais arruaceiro que acolhe no seu próprio umbigo.
Publicada por AL em o vento que passa a 1 de Dezembro de 2009 23:20
2 semanas depois, ainda o sr, qual apaixonado rejeitado, me mandava farpas, "post sim, post não" .. comentários (q seleccionei) a este :
Novembro 28, 2009
21. Desculpe Paulo mas detesto esras insiuaçõea cujo destinatário especifico desconheço. Estas insinuaçóes que pairam no ar e que podem ser dirijidas a muita gente irritam-me profundamente. Se não quer dizer a quem se refere porque as menciona? Ou sou eu que estou cada vez mais estúpida e não percebi o essencial?
23. Não é difícil… Frequento ambos os blogues, este e aquele que acredito que seja o destinatário deste post. Ao que digo, já chega, não? Já ninguém se lembra, já passou há umas duas semanas e ninguém sem ser o senhor continua a martelar na mesma tecla, volta e meia, num ou noutro post, com insinuações ou, perdoem-me, m*rdices dissimuladas. Faça o que quiser, Paulo, mas perde o meu respeito por se deixar entrar entrar em joguinhos, está, claro, nesse direito.
28. Se for a questão que estou a pensar que seja, não vou pôr aqui o blog a que me refiro por simples respeito pela pessoa que o escreve, que muito estimo, e por considerar que nesta questão o Paulo não tem muita razão…
29. Paulo, dir-lhe-ia pouca coisa.
A primeira de todas: parabéns pelas pessoas que atraiu para o seu blog.Entre elas o “brincalhão” e respectivo comentário (comentários) sobre charros. Alegro-me que tenha escolhido comentar este comentário em questão, tão rico em argumentos, clareza de linguagem e humor.
O mesmo se pode dizer dos seus comentários: Inequívocos, objetivos e, principalmente, com o propósito único de fomentar a discussão saudável, a troca de idéias, a objetiva discussão de temas concretos.
Que seria da educação se os nossos educadores se entretivessem em fazer comentários ambíguos sobre pessoas que não nomeiam, a deixar pairar acusações alegadamente argumentadas…Enfim, que seria de nós se aqueles que tanto criticam o governo usassem o mesmo tipo de retórica barata (e medíocre) que ouvimos na assembléia da república?
Pondo o modo irônico off (sim estava a ser irônico e sinto-me na obrigação de o explicar. Não creio que as pessoas que escrevem estes comentários captem a figura de estilo).
Paulo, num post que vem sob o tema “coerências” parece-lhe lógico (ou correto, ou coerente) andar a fazer insinuações sobre alguém que –alegadamente- censurou os seus comentários que, e passo a citar: “desmontram a sua argumentação sem recurso a qualquer ofensa ou vocabulário incorrecto”?
Soltar boatos não é (mesmo na atual situação sócio cultural na qual chafurdam alguns professores) nem deve ser considerado exemplo de comportamento correto. Este vil “deitar lenha na fogueira”, sabendo que em seu auxílio virá uma multidão de arruaceiros dispostos a ajudar no auto de fé, não deveria ser característico de alguém que se diz capaz de demonstrar a argumentação de quem quer que seja sem recorrer à fácil ofensa e à retórica demagógica.
A não ser que para o Paulo não ser ofensivo signifique apenas “não usar palavrões”. Nesse caso desculpe este parágrafo.
Permita-me facultar-lhe uma pequena lição de vida para quem vive rodeado de corrécios e paralíticos mentais (e também de algum outro aluno menos motivado):
1)Se nada sabe de lógica não fale de coerência.2)Se não consegue ser objetivo não venha alardear sobre a sua capacidade de argumentação.3)Pense naquilo que escreve.
Porque nem toda a gente é feita da mesma massa que os sicofantas (brincalhões, mariazecas e etc) que o seguem.E se me vai responder usando a sua arma-imbatível-para-ganhar-discussões, que consiste em usar uma argumentação tão ilógica e vazia que o oponente fica enjoado intelectualmente e perde a vontade de discutir, não se canse em fazê-lo. Faça antes uma reflexão sobres os pontos 1,2 e 3 antes comentados.
P.S: aqui vai um exemplo de como eu poderia ter opinado se usasse a “argumentação- não-ofensiva” de PG:• É concebível alguém subversivo, crítico acérrimo do governo e dos governantes, defensor da “educação” defender a atitude de “quem não está comigo está contra mim” e usar a mesma retórica medíocre que usam os governantes que tanto crítica?
P.P.S: não cheguei a referir que há comentários com os quais concordo e que respeito, entre outros o nr 21,23 e 26. Perdoem os demais que não refiro, mas que saibam que não é a vocês que me dirijo.
Da mesma forma, perdoem todas as mariazecas e brincalhões (digam-me, por favor, que não são professores) que deixei por comentar. Acho que não sabem que o facto de verem muitos talk shows ordinários e não terem lido nenhum livro desde que se graduaram (não, a “Maria” não conta como um livro) não os ajuda a saber escrever ou a formar uma opinião. Ah, e mandar bocas não é sinónimo de ser rebelde. Sorry….-- VP
32. (...) O defeito que sim lhe reconheço desde que me respondeu pela primeira vez é o que passo a explicar:
O Paulo não saber ler. Ler implica um esforço (mínimo) por entender as palavras que assimilamos de modo a formar uma imagem mental a partir da ideia (imagem) escrita. Estas duas imagens, não coincidindo, devem ter pontos em comúm.O que o Paulo faz é: passar a vista diagonalmente pelo texto para depois o classificar como: pura bajulação (sinónimo de “bom comentário” / não pura bajulação (sinónimo de mau comentário).Depois desta “leitura” o Paulo passa ao processo de: ganhar-a-discussão-levando-o-oponente-a-perder-a-vontade-de-discutir. Ganhou.Mas tenha cuidado porque com este tipo de comentários, Paulo, vai acabar por ficar sozinho neste blog com as mariazecas, brincalhoes e bulimundas desta vida.Ah, Bulimunda, nem todos somos professores, eu sou um estudante.Peço-lhe, em nome da sua classe profissional, que não use o termo professor num comentário seu. Atribui à palavra uma imundícia que não merece. - V.P.
38. Não quero ser tão radical como o VP, mas acho que o Paulo não está certo nesta questão logo desde o início. Acusaram-no de traição, o senhor respondeu, como bem fez e outra coisa não se esperava. Mas ter depois os seus minions a apedrejar publicamente uma pessoa, com um ou outro comentário seu em jeito de incitamento, ou com o “general Paulo” a assistir ao que se passava aqui sem querer impôr por um segundo sequer a calma, ou sem sequer contribuir construtivamente para o que se passava, só enxovalhamento, até a parecer que sentia um prazer doentio nisso… Peço desculpa, Paulo, mas aí perdeu a razão no que fez. Não fui a tempo de ler o seu comentário onde desmontou argumentos, mas se foram tão “desmontadores” como os que estavam aqui, ainda bem que não cheguei a tempo e ainda bem que foi censurado. Agora pode-me chamar proto-fascista, o que quiser, mas acho que na casa de cada um cada qual limpa os seus cantos… Se o senhor Paulo não se importa em ter comentários puros e duros no seu blog, há quem não pense assim, e o que se pede é respeito por essas decisões que cabem unicamente aos donos dos blogs. Mas, mais uma vez, acho que esta “guerrinha” já dura há demasiado tempo e o senhor só está a mostrar que, se está cansado de tudo o que se passa, não descarregue em quem se apoiou em si e que se sente traída agora. -- Horace
42. Huuummmmm, não… Não vejo incoerência… Acho que o senhor está errado desde o início mas que, enquanto cidadão com liberdade de expressão e direito de resposta nunca esperaria menos de si do que responder. Eu não me esqueço que os apedrejadores conhecem a “primeira agressora”. Li cuidadosamente todos os 240 (não me lembro agora se mais, se menos) comentários e apercebi-me disso. Coisa que o senhor, aparentemente, não fez em relação ao meu comentário. Eu disse que não me chateava coisíssima nenhuma que cortassem o seu comentário. Mais, não me chateia quando um dono de um blogue decide cortar um comentário na sua “casa”. Cada qual é livre de fazer o que quiser naquilo que é de sua propriedade (intelectual, sendo este o caso…). Se a “primeira agressora” lhe mandou a primeira pedra foi porque nunca antes pecou. Porque, sem querer lamber as suas botas mais do que já é feito por outros, o senhor pode ser considerado um messias, um Jesus da Educação: quando se está com problemas recorremos todos ao Paulo para nos orientar e ele sabe-o fazer melhor que muita gente. Mas a “primeira agressora” fez com que o senhor abrisse um post aqui no Umbigo que foi o equivalente a dizer “vamos ver quem tem mais apoios, eu ou tu”… Uma blogger com um número de visitas que pouco falta para chegar às 20 000 (um grande marco que nem todos os blogs conseguem), contra um blogger que já conta com milhões de visitas; uma pessoa humilde que diz de sua justiça contra um homem de barba rija que dá entrevistas na televisão… Percebo que tenha ficado, perdoe-me o termo, lixado com acusações de traição. Mas cabia-lhe a si, não a mais ninguém, não a bulimundas nem a minions do género, resolver a questão. Até a podia tornar pública, mas é do B-A-BA do Direito e da Psicologia Forense que quem é inocente tenta sempre defender-se; quem é culpado procura sempre atacar quem o acusou (por vezes até terceiros). Não está nas mãos de mais ninguém acabar esta guerra sem sentido senão nas de vocês os dois… Da “primeira agrssora” não se ouve nada há algum tempo em relação a isto. De si, vêm post sim, post não, insinuações e, novamente, m*rdices que entre dois adultos já deveriam ter acabado… Horace