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25/10/12

profs portugueses sofrem todos de 'burnout'!

Estudo - entrevista publicada na Visão: aqui
com Lusa 10:32 
Segunda feira, 1 de Outubro de 2012


Ser professor em Portugal é mais stressante que viver nos EUA 

de Egon Schiele

Os professores portugueses têm um nível de stress superior à população norte-americana, considerada uma das sociedades mais stressantes, conclui um estudo sobre o esgotamento físico e mental dos docentes portugueses.

[só é novidade para quem não é professor .. e é bom que os 'outros' fiquem esclarecidos ..]



Alexandre Ramos, autor do estudo sobre 'burnout' (esgotamento físico e mental) entre os docentes portugueses, explicou hoje à agência Lusa que, com base nas suas conclusões, "a grande maioria dos professores encontra-se em níveis médios e baixos de 'burnout', mas nenhum se encontra no estado de ausência [de 'burnout?], o que parece ser preocupante".
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"Se queremos preservar a qualidade de ensino nas escolas, é indispensável preocuparmo-nos seriamente e imediatamente com a saúde dos professores", alertou o especialista, que considera o problema preocupante por causa da qualidade de ensino nas escolas. [bom .. obviamente que Nuno Crato não conhece este estudo .. ou será que ..... (.. maquiavelismos meus) o despedimento de tantos professores foi, afinal, um acto seu de puro altruísmo? Uma tentativa de poupar, ao menos, aquelas dezenas de milhar ao efeito corrosivo da profissão? Vá, agradeçam-lhe, seus ingratos-piegas: desempregados, sim, mas não 'burnt-out'!!]
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O especialista realçou ainda que "os professores portugueses têm um nível de stress superior à população norte-americana", considerada uma das sociedades mais stressante e onde o valor (de 'burnout') é de 13,02.
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O psicólogo clínico e de aconselhamento explicou que o 'burnout' tem três dimensões: a exaustão emocional, a despersonalização e a perda de realização pessoal no trabalho.
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O nível de 'burnout' detetado por Alexandre Ramos era baixo em 35,8 % dos professores, médio em 43,8% e alto em 20,4%.
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"Nenhum dos professores inquiridos apresentava ausência de 'burnout', ou seja, condições nulas em exaustão emocional e despersonalização, nem pontuações elevadas na realização pessoal no trabalho", referiu.

Os fatores que o psicólogo clínico e de aconselhamento apontou como contributos para a situação de 'burnout' são "a indisciplina dos alunos, as más relações com os colegas de trabalho e com a direção, a carga objetiva de trabalho e a burocracia".

O investigador recordou que "um nível muito elevado de 'burnout' está altamente associado a problemas de saúde e absentismo no trabalho". Os sintomas de mau estar ocupacional mais relatados são a falta de tempo para a família e amigos, dores musculares, de coluna e de cabeça, perda de energia e cansaço, irritabilidade e perda de paciência com facilidade, esquecimentos e sentimento de falta de reconhecimento profissional. [óbvio, e não era preciso um 'estudo' para chegar a estas conclusões: bastava os senhores jornalistas falarem com professores .. ]

de Hans Bellmer, retirada daqui

Alexandre Ramos realizou dois trabalhos: um estudo na escola secundária de Camões (com 26 dos 140 professores) e outro a nível nacional, abrangendo 10 escolas. Quando comparou o nível de stress dos professores com dados obtidos em 2002, o investigador verificou, contudo, que se regista uma ligeira descida, passando de 19,17 para 17,45. [..devia ter vindo a uma escola da periferia .. margem sul, por exemplo..]

No entanto, realçou que "os professores portugueses têm um nível de stress superior à população norte-americana", considerada uma das sociedades mais stressante e onde o valor (de 'burnout') é de 13,02.

O investigador também concluiu que os professores menos propensos a 'burnout' são os de informática e avança uma possível explicação: "Talvez os níveis de indisciplina sejam menores nessas aulas, pois os alunos estão mais ocupados a trabalhar no computador".
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Por outro lado, as professoras tendem a apresentar níveis de "stress percebido" e alguns sintomas de mau estar ocupacional, físicos e emocionais significativamente superiores aos homens.

 Já os professores (homens) "tendem a revelar níveis mais altos de despersonalização ou cinismo, o que significa olhar para os alunos e vê-los como meros objetos", acrescentou.

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E pronto. Estudo feito (e ainda bem!). Notícia dada (positivo!) E agora .. caixote do lixo com ele, arquivo-morto, o que quer q não vá incomodar o yes-minister.
A vida continua. Os professores vão queimando mais uns fusíveis, quando já não aguentarem metem baixa, se a coisa for mesmo séria hão-de ser chamados a junta-médica. Que se encarregará de os pôr knock-out de vez!
Qualquer dia ponho aqui o relato da minha recente-péssima-experiência com uma das tais ..
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2 comentários:

trepadeira disse...

Pois,nem quero esmiuçar isso.
Aqui a companheira,depois de andar de escola em escola,cada ano sua,obrigada a leccionar português,quando a formação é história,para não ir para a cascas de rolha,ou ficar em casa,apanhou um "esgotamento",a tal junta obrigou-a a continuar,até à exaustão.
Depois foi triturada pelo sistema e aposentada coercivamente,com uma pensão de caca,com tua licença.
Continua a ser acompanhada clinicamente,nunca mais recuperou,com fazes que só eu e o médico sabemos.

Eu sei bem o que me apetecia fazer a essa cambada.

Desculpa o desabafo.

Abraço,

mário

AL disse...

desabafa à vontade, Mário. Se há alguém que possa compreender aquilo por que tu e a tua companheira passaram/passam, sou eu .. tenho para aí na coluna da direita uma explicação das razões q me levaram a pedir reforma antecipada .. que me foi concedida no fim de Agosto passado. Depois (!!!)de estar aposentada, recebo uma carta p/ me apresentar a junta médica e foi .. maquiavélico. QQ dia ponho aqui o q se passou.

Bjis para ti e "a companheira" , e deixa sair a linguagem como vier, te apetecer, te aliviar! Eu ainda por cima sou do norte!! ;-))