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20/10/14

"A PT – paradigma de uma época"

texto retirado do fb
postado por Mário Martins

de Rui Silvares, Amor à Pátria

A fabulosa história da PT, “campeã nacional” do empreendedorismo pátrio, acabou mal. 


Nos anos 90, alguns dos ministros de então, adivinhando o futuro das telecomunicações e com visão de negócio, reestruturaram as empresas públicas do sector e, com empenho patriótico, fundaram a PT para a… privatizar! Em 2002, deram-lhe 1.350 milhões em benefícios fiscais dispensando-a de pagar impostos nos anos seguintes, quando já se dizia não haver dinheiro para a Educação e para a Saúde por causa do défice. 

Como o negócio da PT era apetecível, a Sonae quis entrar no negócio e deu 5.800 milhões de euros (!) só de bónus para os acionistas votarem a sua OPA, mas a gerência da PT ofereceu-lhes um rebuçado maior - 6.200 milhões (!), o correspondente à totalidade do défice de Portugal na altura (!), e ganhou. Depois, com a ajuda de Sócrates, a PT vendeu a brasileira Vivo (razão do benefício fiscal) na Holanda para não pagar impostos, e o governo, sempre amável, ainda ofereceu mais 270 milhões devidos ao fisco pelas mais-valias aos grandes accionistas. 

Agora, descapitalizada (para não dizer roubada) pelos seus principais administradores que, com o peito cheio de prémios internacionais (afinal tudo se compra...), amigavelmente atiraram 900 milhões para o buraco dos Espirito Santo enquanto debitavam, nos intervalos, a moral do neoliberalismo da moda, a PT passou a peça sobrante da OI brasileira que a pôs à venda a preços de saldo, entregando a estrangeiros mais um sector estratégico nacional. Entretanto, milhares de milhões de euros foram pagos a accionistas e gestores da PT ou perdidos em benefícios fiscais que deixaram de entrar nos cofres públicos e a PT foi à vida. 

Afinal, quem beneficiou com a sua privatização? O Zé Povinho que viveu acima das suas possibilidades? 

E terão a coragem de dizer que não houve alternativa? 

Jorge F. Seabra

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