por José Vítor Malheiros--- artigo do Público de hoje, aqui
"A principal conclusão destas eleições é esta: não há voto mais inútil do que o “voto útil” porque ele irá trair a vontade dos eleitores na primeira oportunidade."
e
por José Luiz Sarmento Ferreira
«Já era verdade há quatro anos que a linha divisória entre a direita e a esquerda passava pela posição quanto ao Tratado Orçamental e ao euro. Era verdade, mas talvez não fosse óbvio: a linha traçada no chão estava obscurecida por demasiado lixo, demasiadas questões laterais, e pela esperança que a União Europeia "caísse em si" e não reprimisse com brutalidade as aspirações sociais-democráticas de uma grande parte da sua população.
Hoje continua a ser verdade; mas além disso é óbvio. As questões laterais foram varridas, uma punição brutal foi perpetrada contra o povo grego, e já só não vê a natureza da besta quem não a quer ver. O PS não tropeçou, não teve um acidente de percurso: desceu mais um degrau no seu declínio histórico. Cumpriu o seu papel. Já não é útil à direita porque ao centrão dos interesses basta o PSD, com o CDS como apêndice decorativo; e não é útil à esquerda porque se furta ao combate histórico da esquerda do século XXI. Este combate faz-se, como se tornou hoje claro, pelas soberanias nacionais sem as quais não pode haver soberania popular nem democracia; e faz-se, por conseguinte, contra o neoliberalismo e a ditadura das empresas multinacionais.»
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