Artigo | 5 Abril, 2013 - 12:02
"Offshore leaks" desvenda fraude fiscal global
Um consórcio de jornalistas de investigação de vários países teve acesso a 2,5 milhões de documentos que revelam os nomes dos beneficiários das empresas sediadas em paraísos fiscais. É a maior fuga de informação de sempre do lado oculto do sistema financeiro, que esconde mais de 25 biliões de euros.
Os ficheiros reunidos pelo International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) identificam donos de offshores em 10 locais, incluindo as Ilhas Virgens Britânicas, Caimão, Cook e Singapura. Até ao momento, ainda não foram revelados dados relativos ao offshore da Madeira ou a beneficiários portugueses.
Mas a lista de donos de empresas offshore inclui desde bilionários indonésios, executivos russos, dentistas norte-americanos, empresários gregos, traficantes de armas e uma empresa que supostamente é a testa de ferro para o programa de desenvolvimento nuclear do Irão, revela o Guardian, um dos jornais que se associou à investigação, a par do Le Monde, BBC e outros 35 órgãos de comunicação social em todo o mundo.
A investigação começou em resultado de uma outra a um escândalo envolvendo offshores e fraudes empresariais na Austrália. O ICIJ recebeu na caixa de correio uma encomenda muito especial: um disco rígido com 260 Gigabytes de informação detalhada de 122 mil empresas sediadas em offshores, 12 mil agentes intermediários e 130 mil registos sobre os beneficiários, proprietários e gestores destas empresas e fundos sediados em paraísos fiscais. Os endereços destas pessoas apontam para 170 países de origem dos investimentos escondidos nos offshores.
A Ásia ocupa um lugar de destaque na proveniência dos beneficiários, com a maior parte das entidades a apresentar residência na China, Taiwan e Hong Kong. Logo a seguir vem a Rússia e outras antigas repúblicas soviéticas. "Isto ajuda a explicar porque é que a segunda maior fonte de investimento estrangeiro na China são as Ilhas Virgens Britânicas", diz o ICIJ, acrescentando que o mesmo se passa com o investimento na Rússia a partir do Chipre.
A investigação beneficiou da oferta de licenças do software australiano NUIX para analisar os dados e facilitar a pesquisa desta montanha de documentos. Para se ter uma ideia do volume de dados, estes "offshore leaks" seriam 160 vezes o tamanho dos documentos das embaixadas norte-americanas, divulgados pelo Wikileaks na operação conhecida por "Cablegate".
Os nomes que estão a dar que falar -- continuar a ler aqui
Os ficheiros reunidos pelo International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) identificam donos de offshores em 10 locais, incluindo as Ilhas Virgens Britânicas, Caimão, Cook e Singapura. Até ao momento, ainda não foram revelados dados relativos ao offshore da Madeira ou a beneficiários portugueses.
Mas a lista de donos de empresas offshore inclui desde bilionários indonésios, executivos russos, dentistas norte-americanos, empresários gregos, traficantes de armas e uma empresa que supostamente é a testa de ferro para o programa de desenvolvimento nuclear do Irão, revela o Guardian, um dos jornais que se associou à investigação, a par do Le Monde, BBC e outros 35 órgãos de comunicação social em todo o mundo.
A investigação começou em resultado de uma outra a um escândalo envolvendo offshores e fraudes empresariais na Austrália. O ICIJ recebeu na caixa de correio uma encomenda muito especial: um disco rígido com 260 Gigabytes de informação detalhada de 122 mil empresas sediadas em offshores, 12 mil agentes intermediários e 130 mil registos sobre os beneficiários, proprietários e gestores destas empresas e fundos sediados em paraísos fiscais. Os endereços destas pessoas apontam para 170 países de origem dos investimentos escondidos nos offshores.
A Ásia ocupa um lugar de destaque na proveniência dos beneficiários, com a maior parte das entidades a apresentar residência na China, Taiwan e Hong Kong. Logo a seguir vem a Rússia e outras antigas repúblicas soviéticas. "Isto ajuda a explicar porque é que a segunda maior fonte de investimento estrangeiro na China são as Ilhas Virgens Britânicas", diz o ICIJ, acrescentando que o mesmo se passa com o investimento na Rússia a partir do Chipre.
A investigação beneficiou da oferta de licenças do software australiano NUIX para analisar os dados e facilitar a pesquisa desta montanha de documentos. Para se ter uma ideia do volume de dados, estes "offshore leaks" seriam 160 vezes o tamanho dos documentos das embaixadas norte-americanas, divulgados pelo Wikileaks na operação conhecida por "Cablegate".
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