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13/07/15

"Um escândalo civilizacional"

retirado do facebook

por António Pinho Vargas

Schäuble, o rosto do imperialismo financeiro alemão

O que se vem passando na Europa começa não apenas a ser indescritível mas mesmo a meter medo sério. Já imaginaram este país a ter de vender a fundos privados os Jerónimos, o Mosteiro da Batalha e o Castelo de Guimarães? É que foi exactamente isto que passou pela cabeça de alguns alemães, lê-se. Colocar o Parthenon em fundos de investimento ou parecido! Lê-se e não se acredita!

Subscrevo inteiramente o artigo de Rui Tavares no Público, "O Sr. Anti-Europa", excepto o título. Schäuble é muito pior do que isso. Representa o pior lado alemão quando uma coisa se lhes mete na cabeça e a junção poder-capital-arrogância se mistura de forma explosiva. O homem é de tal modo sinistro que até outros que têm estado do seu lado nas reuniões da burocracia financeira das "ajudas" - o saque aos dinheiros - estão neste momento a marcar alguma distância. Hollande, tão vilipendiado, surge agora como o que resta de um algum bom senso elementar naquelas bandas. Tenho medo porque é para isso que servem os imperialismos e sua pulsão interna: dominar os fracos, integrá-los no império, submetê-los e explorá-los e, em tempos, reduzi-los à escravidão. Sabe-se que no mundo de hoje existe já muito trabalho escravo. Um escândalo civilizacional sobre o qual o capital assobia como se não fosse nada com ele. Pelo contrário, tem tudo a ver com ele.

A UE assim? É demais. Das duas uma: acabe-se com ela ou, como diz, RT "parem este homem, se não for já demasiado tarde". Julgo que já é tarde e sigo para o resto do dia com a amargura que provoca ver o delírio e o inenarrável do real . Não se acredita! Há limites mas parece não haver limites.
"Não quero ver e no entanto vejo", Manuel Gusmão, n'Os Dias Levantados.

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