Varoufakis abre o livro:
“Você até tem razão, mas vamos esmagar-vos à mesma”
Na primeira entrevista após deixar o Ministério das Finanças, Varoufakis revela que defendeu a emissão de moeda alternativa como resposta à asfixia dos bancos, fala da “completa falta de escrúpulos democráticos por parte dos supostos defensores da democracia na Europa” e acusa os governos de Portugal e Espanha se serem “os mais enérgicos inimigos do nosso governo”. “Desde o início, esses países [os mais endividados] deixaram bem claro que eram os mais enérgicos inimigos do nosso governo (…). E claro que a razão era que o seu maior pesadelo era o nosso sucesso: se conseguíssemos um acordo melhor para a Grécia, isso iria obliterá-los politicamente, teriam de responder aos seus povos porque não tinham negociado como nós fizemos”, responde Varoufakis na entrevista à New Statesman.
Varoufakis fala também pela primeira vez da derrota política que o levou a sair do governo. Segundo a versão do ex-ministro, propôs ao governo um plano com três ações caso o BCE obrigasse ao encerramento dos bancos:
“Perdi por seis contra dois”, diz Varoufakis, que voltou a insistir no plano na noite da vitória do OXI. Mas o governo tinha outros planos, segundo Varoufakis, que levaria a “mais concessões ao outro lado: a reunião dos líderes partidários, com o nosso primeiro-ministro a aceitar a premissa de que o que quer que aconteça, o que quer que o outro lado faça, nunca vamos responder de forma desafiante. E basicamente isso significa desistir… deixa-se de negociar”.
- a emissão (ou o anúncio) de uma moeda paralela (uma promessa de dívida conhecida como IOU),
- o corte na dívida detida pelo BCE desde 2012
- e tomar o controlo do Banco da Grécia.
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Yanis Varoufakis
@yanisvaroufakis
An account of the past five months of negotiations.
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