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13/07/15

a capitulação de Tsipras

retirado do facebook

por André Lamas Leite

Baralhado, partido e dado, por muito que custe, quando um país está de chapéu estendido na mão, as ideologias contam muito pouco. Quem tem dinheiro para colocar no chapéu - obviamente ganhando com isso - é que manda a que altura devem ficar os joelhos do chão.

Tsipras tem de explicar em casa como passou de um corajoso líder que implodiria o "status quo" europeu para o núncio da capitulação. Tsipras nunca percebeu como funciona - mal - a Europa dos directórios e esse erro saiu-lhe caro. Será um "case study" em Ciência Política, como uma jogada que teve tanto de corajoso como de irresponsável, de concitar uma onda de apoio em referendo, deu nisto. A montanha pariu um rato. Grande e gordo, de austeridade.

O Syriza vai ser o executor da austeridade cuja negação absoluta lhe dera uma democrática vitória. Mas a UE não é democrática. É um directório gerido a partir de Berlim e com alguns acessórios de enfeite, que passam por Paris (certamente pela "finesse"), muito de vez em quando por Roma (talvez pela moda) e por Bruxelas, apenas para não dar muito nas vistas que tudo se joga em terreno germânico. Esta é a realidade, nua e crua. Não deveria ser por certo assim. Mas alguma vez alguém acreditou verdadeiramente na "história da carochinha" da solidariedade europeia? A Europa não é uma espécie de "Estados Unidos da Europa", como desejavam Schuman ou Monet. Creio que nunca será. Os séculos não se apagam por tratado.

Tsipras é ateu ou agnóstico - não sei bem -, mas porventura os deuses da Antiguidade Clássica do seu país agora dessem um jeitaço.

προσεύχομαι, que é como quem diz, rezar, portanto.

2 comentários:

AMCD disse...

Ainda falta o pronuncio das assembleias. Esta história ainda não acabou.

AL disse...

não, mas vejo-a muito mal-parada ..