..... ou .. um PS que não aprende
..... ou .. por que é que ainda te surpreendes?Partido Socialista vive dias de confronto interno
José Sócrates pede ao PS que vote contra o Orçamento (entretanto parece que desmentido, o que, para o caso, tanto dá ...)
30.10.2011
por São José Almeida - artigo completo aqui«Das informações recolhidas pelo PÚBLICO parece clara a tendência a que o PS acabe por não votar contra. Muito provavelmente, abstendo-se.» [claro, como Pilatos! .. nem sim, nem sopas!]
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«Isto porque, consideram, não rejeitar o OE será uma forma de o PS aceitar tacitamente a tese do Governo de que houve um “desvio colossal” de mais de três mil milhões de euros. O que seria o enterrar pelos socialistas da herança do último governo e o reconhecimento de que, afinal, os PEC de Sócrates, em particular o PEC IV, não eram solução para a situação económica do país.» [um PS que o fosse, cujos deputados e influentes militantes tivessem um pingo de vergonha na cara, teria mais é que enterrar essa herança, e com inequívoco des-elogio fúnebre!...]
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São José Almeida diz mais, muito mais sobre estas 'trocas e baldrocas', e o artigo vale bem uma leitura por inteiro.
Para mim, o aqui transcrito é mais do que suficiente para confirmar a tese pessoal de que os políticos - muito particularmente os que se vêm alternando no poder - pertencem mesmo a uma 'má raça'. Uma espécie a quem apenas move o interesse, seja ele de hegemonia, poder e poleiro, tramóias e lucro.
quadro de Renoir |
José António Seguro e os seus com-partidários empenharam-se em limpar a imagem do querido ex-líder, numa vergonhosa operação de branqueamento/endeusamento que em nada abona da génese do que vem sendo/é hoje o PS: um partido ziguezagueante e de indefinido posicionamento (esquerda-direita-centro), incapaz de uma auto-análise e ainda menos de auto-crítica, sem humildade, sem coragem, sem ideias e sem ideais.
Perante erros cometidos - ainda por cima óbvios! - há que, acho eu, reconhecê-los, primeiro, e tentar, depois, remediá-los. O princípio aplica-se a todos, sejamos nós próprios ou os nossos pares. Isto, se pretendermos alguma credibilidade; se quisermos manter uma réstia de dignidade, honradez - cidadãos anónimos ou/e sobretudo, figuras públicas.
É o terem perdido de vista estes valores - para mim básicos, irrefutáveis - que 'irmana' os políticos deste país, os torna inapelavelmente inconfiáveis. Mudam os líderes dos partidos, mantém-se o lodaçal em que se espojam, a manjedoura que todos assaltam, esfaimados - PSs, PSDs, CDSs.
O PS virá eventualmente a ganhar as legislativas, quando o bem-burro povo português estiver enterrado até ao pescoço, farto até à ponta dos cabelos das cretinices de Passos Coelho. Virá a ganhá-las, não por mérito próprio, mas para inviabilizar as hipóteses do 'outro'. O 'outro' que entretanto se demitirá; cujo partido elegerá um novo 'salvador'. E o esforçado líder do partido 'ditosocialista' ocupará o lugar de primeiro ministro. E tudo, tudo, continuará exactamente igual ao que estava antes. Ou haverá uns ligeiríssimos ajustes fingindo-se mudança. O 'mal menor', hão-de alegar os eleitores 'ganhadores' - como o fizeram há + ou - quatro meses, para livrar-se do engenheiro. Só que NÃO HÁ 'mal menor'. Mal é mal, ponto. Nem tingimento que o atenue, nem razões para esperar que desta vez, quem sabe, pode ser que .. Esperança, ilusões, só para os tontos, os ainda e apesar de tudo crentes na humanidade dos outros. Tonta que fui, 'n' vezes, que espero des-ser....
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