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13/11/15

o impasse e os militares

Declaração do Coronel Vasco Lourenço:

«Estamos a assistir a uma reacção desesperada de quem vê fugir o poder. 

Nessa acção participa activamente o PR, que se contradiz permanentemente e, ao protelar decisões fundamentais para a normalização do País, contribui para a enorme instabilidade que estão a tentar agudizar, procurando aterrorizar os portugueses com o papão do caos. 

Naquilo que considero uma tentativa de levantamento popular da chamada “maioria silenciosa”, vem agora Passos Coelho propor uma revisão da Constituição da República, oportunista e casuística, para abrir a hipótese de dissolução da AR e de convocação de novas eleições. Como qualquer constitucionalista honesto explica liminarmente, tal hipótese é totalmente impossível e impraticável. O que torna o simples levantamento dessa hipótese numa provocação desesperada e sem sentido. 

Mas se, por absurdo, o golpe frutificar, sugiro e desafio tais personagens que aproveitem para incluir na Constituição uma norma que permita a destituição do PR. Solução que poderá passar pela convocação de um referendo, sob proposta de um número mínimo de eleitores (15.000, para imitar o máximo admitido para uma candidatura a PR) 

E, já agora, aproveitar para recriar na Constituição a existência da Câmara Corporativa. Estaríamos assim a legalizar a acção que o actual PR está a praticar, de forma enviesada e não assumida. Confesso que, como militar de Abril não esperava assistir a uma tão despudorada actuação como os ainda detentores do poder estão a ter. Ainda que seja um autêntico estertor, não deixa de ser altamente condenável. »

Lisboa, 13 de Novembro de 2015
Vasco Lourenço

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