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22/07/14

SOBRE A PACC

retirado do fb
21/7/2014

por Madalena Matos Ferreira

SOBRE A PACC DE AMANHà

de Kirchner
do mesmo modo que é quase impossível apresentar álibis convincentes, atenuantes e racionais para as bruxas acusadas de feitiçaria, o julgamento e a humilhação pública dos professores tem sido, nos últimos anos, um processo sem direito a um tribunal imparcial onde os ofendidos e respectivas testemunhas de defesa - os próprios professores - são tratados como a parte menos competente e qualificada. a comunicação social tem aqui uma grande responsabilidade. uma das lições mais tristes desta história é que se formos enganados por muito tempo, a nossa tendência é rejeitar qualquer evidência do embuste e já não nos interessarmos em descobrir a verdade. é, simplesmente, doloroso admitir, mesmo para nós próprios, que fomos enganados. se deixarmos que uma sociopata e, logo a seguir, um impostor, destruam, cada um a seu modo, a reputação de uma das profissões mais relevantes, necessárias e dignas de respeito da nossa vida em sociedade, nunca conseguiremos recuperar a nossa Independência. por isso, os antigos erros tendem a persistir, enquanto surgem outros novos. assistimos a um debate sério sobre aquilo a que se chama, pomposamente, a PACC? esclareceram-se as pessoas sobre o conteúdo daquela prova sem pés nem cabeça? deu-se voz e tempo de antena de qualidade a quem, em poucos minutos, arrumaria aquela obscenidade numa cápsula do tempo para sempre? 

o que está em causa amanhã não é tanto um problema de legalidade. e, mais uma vez, os meios de comunicação não percebem ou não querem perceber o substancial. é que não é função de um governo evitar que os cidadãos cometam erros; é função dos cidadãos evitar que o governo os cometa. há sempre um lobo à espera quando se assiste ao abrandamento do controlo civil. não adianta termos direitos, se não os usamos – o direito à liberdade de expressão quando ninguém contradiz o governo; à liberdade de imprensa quando ninguém está disposto a fazer as perguntas difíceis; o direito de reunião quando não há protestos; pelo desuso, eles podem tornar-se em mero palavreado patriótico. os direitos e as liberdades ou se usam ou se perdem.

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