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25/03/14

convocar Abril




Por um «Portugal soberano e desenvolvido» 
CELEBRANDO O 40.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL E O 38.º ANIVERSÁRIO DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA 

O 25 de Abril foi um movimento libertador – pela democracia, paz, descolonização e desenvolvimento socioeconómico do nosso país – de que herdámos o regime político-constitucional em que temos vivido desde então. 

Mas quarenta anos volvidos, a nova geração atravessa um período penoso da nossa vida colectiva. Não por culpa do regime constitucional, que consagrou e defendeu avanços inegáveis, que iluminam a história do nosso país. Mas em consequência das políticas seguidas nos anos mais recentes, que têm desmantelado estruturas produtivas, suprimido serviços e prestações do Estado social, acentuado assimetrias sociais e territoriais. 

O problema da dívida e do défice das contas públicas tem sido ardiloso pretexto quer para a denegação de direitos e garantias, quer para o desmantelamento de funções sociais do Estado, quer para o ataque a instituições da sua soberania – sem que todavia tenha obviado à maior acumulação de privilégios privados e de capitais em anónimos mercados. As insistentes intromissões de entidades externas e a correspondente sujeição do Governo do País no plano internacional ao ditame de superestruturas opacas e sem legitimação democrática têm acelerado esse curso desastroso de acontecimentos, e bem assim ofendido a dignidade dos portugueses e de Portugal. Estando o povo português privado do exercício pleno da sua soberania e a democracia ameaçada, o nosso futuro colectivo encontra-se comprometido enquanto Estado-nação soberano.

Em contraposição à chantagem financeira, firmamo-nos, sim, nos superiores valores da vida, da dignidade e da felicidade dos portugueses e na capacidade do povo português em defender a democracia num Portugal soberano e desenvolvido. Cientes do inquebrável nexo que une democracia e soberania e contrariando a humilhante submissão à falsa virtude e prevalência de critérios financistas, afirmamos que é na criatividade e no trabalho dos portugueses que reside o desenvolvimento de Portugal.

Reconhecemos e reiteramos convictamente que democracia, soberania e desenvolvimento são inalienáveis e inseparáveis fundamentos do projecto nacional que contém a Constituição da República. E como tal tomamo-la como bandeira da nossa luta comum. Uma luta para a qual convocamos todos os que se identificam com o Portugal de Abril, para a comemoração do 40.º aniversário do 25 de Abril e do 38.º da Constituição da Republica Portuguesa, a realizar no próximo dia 29 de Março no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Porque não toleramos viver prisioneiros no próprio país, que é o nosso, porque não queremos que a soberania do povo continue a ser profanada, apelamos aos portugueses para que assumam o compromisso de tudo fazerem para que Portugal se liberte das amarras que o prendem e assim possamos retomar a caminhada por um «Portugal soberano e desenvolvido». 

Promotores da Sessão Comemorativa: 
  • Alfredo Maia, jornalista;  
  • Álvaro Siza Vieira, arquitecto;  
  • Ana Luísa Amaral, poeta e professora universitária;  
  • António Avelãs Nunes, professor universitário;  
  • António Cluny, Procurador-Geral Adjunto;  
  • António Pinho Vargas, músico, compositor;  
  • António Sampaio da Nóvoa, antigo Reitor da Universidade de Lisboa;  
  • Armando Alves, artista plástico;  
  • Augusto Flor, antropólogo;  
  • Carlos Mota Soares, professor universitário;  
  • Catarina Pires, jornalista;  
  • Correia da Cunha, médico, ex-Presidente do CA do Centro Hospitalar Norte;  
  • Deolinda Machado, activista católica;
  • Dulce Rebelo, professora universitária e investigadora;  
  • Duran Clemente, Coronel, Militar de Abril;  
  • Fausto Leite, advogado, especialista em Direito do Trabalho;  
  • Francisco Castro Rego, engenheiro, ex-Director-Geral das Florestas;  
  • Guilherme da Fonseca, Juiz Conselheiro jubilado; - Helena Serôdio, professora universitária;  
  • Inês Gregório, actriz e historiadora;  
  • Isabel Allegro de Magalhães, professora universitária e dirigente do movimento cristão;  
  • Isabel Araújo Branco, professora universitária;  
  • Joana Manuel, actriz;  
  • João Bernardino, dirigente associativo;  
  • José Cruz dos Santos, editor;   
  • José Ernesto Cartaxo, sindicalista;  
  • José Goulão, jornalista;  
  • José João Abrantes, professor universitário;  
  • Kalidás Barreto, sindicalista;  
  • Levy Baptista, advogado;  
  • Luís Noronha Nascimento, Juiz Conselheiro jubilado e antigo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;  
  • Maia Costa, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça;  
  • Manuel Gusmão, poeta, professor universitário;  
  • Manuel Loff, historiador, professor universitário;
  • Martins Guerreiro, Almirante;  
  • Maia Costa, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça;  
  • Nuno Ramos de Almeida, jornalista;  
  • Octávio Teixeira, economista;  
  • Pezarat Correia, General, Militar de Abril;  
  • Romeu Cunha Reis, advogado;
  • Rui Namorado Rosa, professor universitário;  
  • Santana Castilho, professor universitário;  
  • Sérgio Dias Branco, professor universitário.

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