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01/11/13

de volta ao colchão ..

retirado daqui

de Alex Hubbard
por Amadeu Homem

AS NOSSAS POUPANÇAS 

O actual governo embandeirou em arco, ao dizer que a população portuguesa estava a poupar mais do que nunca. Desta vez, como excepção, o governo não mentiu. Mas iludiu-se e muito. Longe de tal comportamento, adoptado pelas camadas populacionais que ainda podem poupar, dever ser lido como uma atitude de aposta do futuro, ele deve ser lido como o mais fundada e poderosa manifestação de PÂNICO que alguma vez pôde assaltar os portugueses. 

Estes portugueses - os tais que ainda podem poupar - não aforram, fundamentalmente, para dar aos filhos uma frequência universitária ; não o fazem, basicamente, para poderem trocar de automóvel ; não procedem à guarda de excedentes monetários para salvaguardar uma inesperada doença. A causa determinante, a mais poderosa, a mais imperativa do actual aforro português radica nisto : o actual governo português é um coio de gatunos; é gente nada fiável, que tanto promete como prevarica ; é uma horda ávida do "nosso rico dinheirinho". O governo sabe , não pode deixar de saber, que essa poupança não está depositada nos bancos. Uma enorme fracção dela está em sótãos, em garagens, em esconderijos, em buracos de parede. Porquê ? Porque este governo dá-se ao hábito de não garantir confiança a ninguém e de "larapiar". Ninguém, hoje, sente o seu dinheiro bem guardado em Instituições bancárias. Os portugueses recordam o que aconteceu aos depósitos dos cipriotas e temem que lhes possa acontecer algo de semelhante. Ou pior. 

O aforro português é hoje o aforro CLANDESTINO que trai apenas o sentimento do medo por quem manda, a angústia de todo um Povo se sentir nas garras de uma horda vandalizante, que não possui princípios, não apresenta decência de comportamento, faz batota, rouba por debaixo da mesa e é pulhostre em todos os aspectos do seu proceder económico. 

O governo actual não é uma garantia para ninguém. Pelo contrário, é um bando de marginais de viela, que tudo querem desviar em proveito dos seus patrões germânicos e dos seus apaniguados de partido. 

Assim, a poupança portuguesa aumenta proporcionalmente ao temor do saque. Entre a situação actual e aquela que foi sentida na Europa, em longes épocas, perante o avanço das cargas bárbaras, a diferença é coisa nenhuma. Toca a guardar, como podemos, "o nosso rico dinheirinho". Estes gajos, se puderem, "abafam-no" , locupletam-se com ele. E , seguidamente, vão banquetear-se à nossa custa, rindo-se muito de todos nós !

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